Powered By Blogger

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

ENCERRANDO A VIAGEM.

Caros amigos e seguidores,

Conforme prometido e como é habitual, hoje é dia de fechamento da viagem com os comentários finais.

Foram 12.200 Km aproximadamente, realizados em 31 dias. A viagem sofreu modificação na sua execução, quando decidimos que não realizaríamos o pequeno trecho de litoral previsto inicialmente para fixarmos nossos sentido e olhares somente na parte interior do Brasil, o que justificou ainda mais o nome Expedição  Brasil Profundo. O nome era uma intuição, porque o recorrido foi mesmo para o fundo, para dentro. E foi para dentro do Brasil, mas foi para o fundo de nós mesmos. Uma viagem para mudar conceitos.

Claro que, não precisaria dizer, mas em tempos de redes sociais (que este blog não integra, mas nunca se sabe), todos os conceitos são a partir de nossos olhares e dos lugares que passamos. Fizemos um longo percurso mas ainda consiste em uma pequena amostra do País e sua Gente.

Quando falava que iria fazer a viagem muito ouvi dizer para cuidar com as estradas, com lugares violentos e, até, que deveria levar um galão de gasolina extra para o caso de não encontrar posto. Outros falaram que teríamos problemas com a comida nos lugares iriamos passar. Nada disso aconteceu. As estradas ruins foram exclusividade de Minas Gerais. Todos, mas todos mesmo, Estados no Norte/Nordeste foram percorridos por estradas excepcionalmente boas. Para ser fiel, cerca de 20 Km do percurso entre Cidade de Goiás e Jaraguá, em Goiás, e cerca de mais ou menos isso entre Gurupi e Palmas e, ainda, 6 Km na chegada de Filadelfia, no Tocantins, foram os trechos em que tive que diminuir a velocidade em razão de buracos. Só fui encontrar estrada péssima na volta, saindo da Bahia e entrando em Minas Gerais (até Montes Claros). Em nenhum momento estive com menos de meio tanque de combustível. Postos e restaurantes a vontade! Comida boa em todos os postos e em restaurantes ao longo das estradas. Também não tivemos qualquer momento de ficar apreensivo ou desconfiamos da segurança. Passamos no comentado polígono da maconha e encontramos um pouco mais de policiamento, mas pessoalmente nada que alterasse nosso sentimento de conforto.

Quando procuramos estrada para o divertimento e a aventura encontramos o que queríamos. Pilotar no Jalapão e em estradas da Chapada das Mesas foi extremamente divertido. Areia para não reclamar. Por vezes alguns degraus, para ver se a TR4 se garantia, e um pouco de lama também integraram o cardápio.

Falando sobre o carro, não poderíamos ter sido mais felizes quando escolhemos viajar de TR4. Sou fã do carro de longa data, mas esta viagem mostrou mais ainda. Viagens longas, três trechos se aproximando de 1.000 km em um dia, sem qualquer cansaço.  Gastamos mais é verdade, mas valeu cada centavo em razão do conforto, da confiança e das possibilidades que propiciou em todos os terrenos.

O melhor de tudo mesmo foi o povo que encontramos. Eu já estive muitas vezes no Norte e no Nordeste, mas a parte mais expressiva dessas vezes foi profissionalmente e encontrando pessoas que estavam envolvidas nessa relação. Normal, nesse caso, que a cordialidade e a simpatia se manifestem pelo tipo de circunstância em que o relacionamento está amparado. Agora foi totalmente diferente, salvo os casos específicos em que encontrei meus parentes e amigos e que relatei antes, a convivência diária foi com pessoas que nunca havia visto e que possivelmente não verei mais. Todas pessoas que encontrava em um restaurante, um bar, na pousada ou caminhando na rua, tinham um cumprimento e um sorriso, quando não um momento de prosa se as circunstâncias assim determinassem. Chegamos a estranhar quando de volta a Minas, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, o tratamento cordial não passa de um protocolo comercial. Bem atendidos, é verdade, por atendentes de todo e qualquer setor, mas nenhum cumprimento fora disso.

Sempre elegemos em toda a viagem algo que teria sido dispensável visitar, ou porque não gostamos mesmo ou porque não esteve adequado ao espírito e aos propósitos da viagem. Neste caso, a nossa "Las Vegas" foi Caldas Novas e o dia no Hot Park nas Termas do Rio Quente. Poderíamos ter gastado melhor aquele tempo. Não é reclamação, é constatação.
Sempre elegemos em toda a viagem algo que teria sido dispensável visitar, ou porque não gostamos mesmo ou porque não esteve adequado ao espírito e aos propósitos da viagem. Neste caso, a nossa "Las Vegas" foi Caldas Novas e o dia no Hot Park nas Termas do Rio Quente. Poderíamos ter gastado melhor aquele tempo. Não é reclamação, é constatação. Talvez em outra circunstância pudesse ou possa ser legal, mas para o perfil da viagem foi fora de contexto.

Para registrar o que encontramos de melhor em termos de alimentação, somente para lembrar depois quando alguém precise de uma dica: melhor pizza, Pizzaria Lua de Sâo de Jorge, Chapada dos Veadeiros; Melhor restaurante de São Jorge, Risoteria Santo Cerrado; Melhor Picanha, Churrascaria em São Raimundo Nonato, no Piauí (no ponto e macia); melhor prato de todos: não lembro o nome, mas foi um spaghetti de cacau sobre uma cama de pesto cítrico frio e camarão seco do restaurante Cozinha Aberta, em Lençóis, na Chapada Diamantina. Eis a foto.
Nenhum texto alternativo automático disponível.

 
Com isso, encerro a viagem e convido a todos para uma nova que começa em 19 de abril (só o que digo agora).

Vejam quem passou nosso caminho em algum momento


Cemitério Bizantino - Mocugê, Chapada Diamantina, BA.