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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PUERTO SAN JULIAN - RIO GALLEGOS

Caros amigos seguidores,

Ainda uma informação sobre o vento de ontem. Quando estávamos na metade da viagem encontramos um motociclista que nos informou sobre um alerta meteorológico de que na costa pela qual transitávamos o vento estaria entre 50 e 70 Km/h. Hoje nos foi dito que isso se confirmou. Foi esse o vento que encontramos em rota. Todavia, não acredito que tenha chegado a 70 Km/h. Seguindo descrição de meteorologistas, penso que 50 Km/h ou pouco mais sim. 
Hoje o vento foi apenas patagônico. Forte, mas dentro da normalidade. Fizemos o menor trecho até agora. Também foi um trajeto somente de avanço. A maior dificuldade deste trajeto foi, como sempre, a quantidade de guanacos e emas soltas na beira da estrada. São dois animais que ficam mimetizado na vegetação. Não raro eles cruzam a pista. É impressionante a quantidade desses animais mortos por atropelamento que se encontra nesse percurso. É verdade que eles são encontrados já muito antes, mas aqui se intensificam muito. Tentei tirar algumas fotos durante a pilotagem, mas é difícil de vê-los nitidamente em razão do processo de que falei. De qualquer forma, vou publicar uma foto para dar uma idéia do que estou falando.
Chegamos bem cedo em Rio Gallegos. Poder-se-ia dizer, como em qualquer boa excursão, que foi uma "tarde livre para compras". Claro que também para um bom descanso e para lavar roupas. Choveu toda a tarde por aqui.
Agora devemos descer ao sul não mais de trinta quilômetros, uma vez a viagem será no sentido sudoeste. Desceremos em diagonal, sendo a orientação bem mais para oeste (cerca de 200 Km) do que para sul (30 Km que já anunciei). Depois disso apontaremos para Norte começando a volta. Então, considerando o projeto anunciado, amanhã a viagem efetivamente começa. Vamos ver o que nos espera nas passagens da cordilheira. A espera é que o pior daqui para a frente sejam mesmo os procedimentos de fronteira. Veremos!
Beijos e abraços.


Janela do quarto do Hotel Cosatanera em Puerto San Julian

mesmo!



Há um número expressivo de Guanacos nessa "tropilla". Acreditem!


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

COMODORO RIVADAVIA - PUERTO SAN JULIAN.

Caros amigos seguidores,

Vento, vento, muito vento! Vento fortíssimo! Esse poderia ser o resumo do dia. 
Após conseguir fazer um câmbio de dólares em uma agência de turismo, a única da região em Comodoro Rivadavia, seguimos para a estrada. Quando estávamos voltando da agência de viagem para apanhar as motos, na garagem do hotel, sentimos um arrepio ao perceber que o vento que já estava soprando forte, era ainda mais forte do que pensávamos. Praticamente éramos empurrados para traz quando a rajada vinha a nosso encontro. Isso se confirmou quando saímos na estrada. Foram apenas cerca de 420 Km, mas foi o trecho que mais deu trabalho. 
Também nunca havia ficado em Puerto San Julian. Estive aqui em duas oportunidades, mas simplesmente passei pelo centra de pequena cidade e segui viagem. Não há muito o que fazer aqui. Fizemos uma caminhada, tomamos um sorvete e voltamos para o Hotel Costanera, onde jantamos. Agora estamos já na fase de preparação das malas para seguir viagem amanhã para Rio Gallegos.
Dois dias atrás eu fazia questão de salientar como estávamos encontrando temperaturas altas durante a pilotagem. Hoje, ao contrário, a máxima ficou em 15 graus e a mínima chegou a 7,5 graus. Uma mudança expressiva durante a noite, que permaneceu todo o dia.
Também foi muito difícil tirar fotos pilotando em razão do vento e também da quantidade de roupa, o que me impediu de acionar a GoPro na maior parte do tempo. Vou postar algumas das poucas que consegui.
Abraços e beijos.









segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

PUERTO MADRYN - COMODORO RIVADAVIA

Caros amigos,

Hoje o dia foi mesmo para avançar na viagem. Com um céu de brigadeiro e com a temperatura de 25 graus nos despedimos de Puerto Madryn. Sempre bom chegar e sempre um sentimento dúbio ao deixa-la. Uma bela cidade que dá pena de partir. De outro lado, o sentimento de retornar à estrada tem a mesma intensidade. De qualquer forma precisamos avançar. Agora, em razão de algumas situações que envolvem estratégia de viagem e segurança, os trechos passam a ser menores. Hoje fizemos somente cerca de 530 Km. Saímos por volta de 9,30 horas e chegamos a Comodoro Rivadavia pouco antes de 16,00 horas. Por volta de 12,30 horas o vento veio ao nosso encontro. Hoje com um pouco mais de intensidade do que dois dias atrás. 
Dentro de dois dias estaremos em Rio Gallegos e no outro dia começaremos a passagem pelos "pasos"da cordilheira.
Eu nunca havia ficado uma noite em Comodoro Rivadavia. Sempre optei por pernoitar em Caleta Olivia, pouco mais abaixo. Em razão da disponibilidade do hotel, terminamos por ficar aqui. Confesso que foi uma grata surpresa. Venceu por nocaute o meu preconceito. Acho que em outra oportunidades voltarei aqui.
Hoje o jantar foi no Puerto Cangrejo, com vista para o mar. Muito bom. 
Farei um registro para orientação de alguém que eventualmente leia o blog e venha para a Argentina proximamente. O registro não passa do relato de um fato que não pretende fazer juízo de valor sobre economia da Argentina atual ou passada e nem saber se é bom ou não para a economia deles ou, ainda, se é um sinal econômico. (nunca levo em consideração comentários de pessoas que viajam, passam uma semana em país e voltam fazendo profundíssimas análises sócio-econômica e com a falácia de que todos os dados foram passados por um guia muito inteligente e atilado... rsrsrs). A verdade é que sempre foi mais fácil viajar na Argentina e obter a moeda local. Sempre que aqui estive sacava dinheiro diretamente da minha conta corrente nos caixas eletrônicos em qualquer cidade minúscula. Em qualquer lugar encontrava-se uma casa de câmbio ou era possível fazer câmbio nos hotéis ou restaurantes. O cartão de crédito, salvo na região de Mendoza e Cordoba, eram aceitos normalmente. Nesta viagem está sendo difícil encontrar caixa eletrônico para sacar com cartão estrangeiro. Nem todos os postos aceitam cartão de crédito (mas contraditoriamente, aqueles que aceitam normalmente aceitam cartão de débito, o que não ocorria antes). Casas de câmbio são poucas e com horários restritos. Normalmente funcionam quando estamos na estrada. 
Vou tentar mandar algumas poucas fotos que fiz hoje, sendo que novamente foram tiradas durante a viagem e somente mostram parte da estrada e do tempo de rota.
Beijos e abraços.






Registrando a passagem com o logo do projeto.

Eis o logo do projeto!

PENINSULA VALDÉS

Caros amigos seguidores,

O dia dedicado à Peninsula Valdés foi mesmo aquele anunciado na publicação anterior. Seria um dia para relaxar, passeando por estradinhas de terra. No entanto, optamos por ir até Punta Delgada por uma estada de rípio. Foram 76 Km sem asfalto e mais 93 de asfalto até Puerto Pirámides, onde iniciou o offroad.
A pista estava com o pedrisco bastante solto, mas estava realmente tranquilo porque estava por sobre um solo bastante duro. Nestas condições a moto desliza de forma que se pode facilmente controlar. Claro que o desafio é manter a atenção e a adrenalina em alto nível. Estava tão tranquilo que não nos preocupamos nem mesmo em diminuir a calibragem.
Cerca de 13 Km antes de Punta Delgada, no entanto, sumiu o solo duro e o rípio estava por sobre um camada de areia muito fofa. Como vínhamos rápido e fomos surpreendidos pelas novas condições, levamos cerca de 2 Km negociando com as motos para elas se manterem em pé, até conseguirmos parar adequadamente. 
Depois de deixar a adrenalina voltar a níveis razoáveis, baixamos a calibragem dos pneus, reajustamos o perfil de pilotagem da moto e readequamos a nossa forma de pilotagem e chegamos ao destino, sempre pensando que teríamos a volta pelo mesmo caminho. Foi um treino e tanto e que correu muito bem. Dentro que se poderia esperar de quem se arrisca por estas sendas do offroad em motocicleta. Cansamos é verdade! Na volta estávamos mais cansados dos 340 Km do dia do que dos quase 1.000 do primeiro dia de viagem.
Depois disso, restou recompor as motos, fazer a manutenção da corrente, jantar na Parrilla Estela e preparar para seguir a viagem, que agora será bem mais curta, até Comodoro Rivadavia.
Foi uma maravilha ter retornado a Puerto Madryn. Nos hospedamos no hotel de sempre: Bahia Nueva.
Uma observação sobre o tempo. Narcísio, falando sobre a chuva, conto que no primeiro dia de viagem, apesar das previsões de chuva, tivemos o trajeto com sol entre nuvens e quando estávamos chegando em Santana do Livramento, cerca de 30 Km antes, "o tempo se armou de fato lá prás bandas do Uruguai" (como diria a letra de uma música gaúcha). Tivemos que colocar a capa de chuva. Ocorre que enquanto colocávamos a capa a chuva passou por cima e restou três ou quatro minutos de água e abriu um sol maravilhoso para nos conceder um por-do-sol inesquecível. Exatamente a mesma coisa aconteceu na chegada a Bahia Blanca. Este o nosso histórico de chuva até agora.
Para o leitor pode ter sido um relato bem sem graça, mas podem ter certeza que estar pilotando naquelas condições de ontem confere ao piloto um grau de satisfação indescritível.
Algumas fotos para que possam ter uma noção da beleza do dia.













domingo, 28 de janeiro de 2018

BAHIA BLANCA - PUERTO MADRYN

Caros amigos seguidores,

No quarto dia de jornada, saímos de Bahia Blanca em direção a Puerto Madryn, base para um passeio na Peninsula Valdés. Trajeto e lugares também já conhecido e explorado pelos três viajantes. Foi um dia que teve como tônica principal a pilotagem e rever as paisagens maravilhosas que o sul da Argentina gentilmente oferece. É sempre um show de imagens que é impossível cansar de ver, ainda que você já tenha visto outras tantas vezes.
No caminho encontramos um grupo de seis motociclistas de Buenos Aires que estavam voltando de um projeto parecido, privilegiando a Carreteira Astral. A melhor indicação deles foi o restaurante de ontem em Puerto Madryn, onde jantamos. Chama-se Cantina El Náutico (não confundir com o Restaurante Náutico que fica na praia - canto direito).
Embora já estivéssemos esperando, e até se pode dizer que é o elemento buscado na viagem, o vento que pegamos ontem é prenúncio do que encontraremos para baixo. Este ano o regime de ventos está um pouco mais expressivo que em outros anos, embora por aqui ele seja um presença constante. Pegamos vento durante todo o trajeto, dentro da normalidade, mas após 15,30 horas ele se intensificou bastante, o que exigiu um pouco mais de técnica de pilotagem. 
O dia inteiro do domingo será para fazer um passeio pelas estradinhas da Peninsula, sem grande compromissos de ver nada de especial. Dia para relaxar e brincar no offroad! 
Depois conto mais sobre isso.
Beijos e abraços e bom domingo a todos.
Algumas fotos da estrada:






Comandante Acir

Comandante Paulo Cezar



Onde está o Paulo Cezar?

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

DE ZARATE A BAHIA BLANCA

Caros amigos seguidores,

Cumprindo uma vez mais os quase 800 km que ligam Zarate a Bahia Blanca. Aliás, nós três ja temos algumas passagens por este trecho. Além de ser um grande prazer andar por estas bandas, esta passagem faz parte do trajeto que estamos cumprindo para atingir o ponto onde a viagem efetivamente começa. Parece loucura, mas vamos fazer mais de 4.000 Km para "começar a viagem" efetivamente. Isso é bem contraditório com o que diz o dileto amigo Gabriel Ferrer: quando se está de moto, ao sair da garagem já chegamos. Ele diz o mesmo para o veleiro: quando saímos na ponta do pier já chegamos. Na verdade, a aparente contradição é complemento. 
Saímos hoje um pouco tarde do hotel por conta da necessidade de fazer câmbio de moedas. Hoje já não se faz mais saques em ATMs como se fazia há algum tempo na Argentina. Também não se aceita dólares como já foi aceito um dia. É preciso, então, andar sempre com um pouco de Peso Argentino. Em razão do horário da saída, terminamos chegando tarde no hotel. Foi um dia dedicado mesmo à pilotagem. E isso foi bem interessante. As motos, com gasolina argentina, ficam com o "motor cheio". Como o trânsito estava intenso até a entrada da RN3, deu para sabem como elas se comportam em trânsito intenso. Foram aprovadas com louvor. 
Foi dia de algumas fotos tiradas na pilotagem e em paradas de abastecimento. As da pilotagem, por razões óbvias, foram poucas. Menos ainda foram as das paradas que, apesar de um pouco logas para o meu padrão de parada, foram poucas também. 
Amanhã quase a mesma quilometragem de hoje na direção de Puerto Madryn na Península Valdez. 
Então, sem muito assunto, publico abaixo algumas poucas fotos do dia.
Beijos e abraços.










SANTANA DO LIVRAMENTO A ZARATE

Caros amigos seguidores,

No dia de hoje a viagem começou bem mais tarde porque estamos agora com uma hora menos em razão de Uruguai e Argentina não dotarem horário de verão e, por isso, tivemos que esperar para fazer a imigração. Atualmente os trâmites de fronteira em Santana do Livramento e Rivera está bem melhor do que era pouco tempo atrás. Funciona em um shopping, mas em um lugar cômodo e os atos são muito rápidos. Aliás, a rapidez também esteve presente na fronteira entre Uruguai e Argentina. Mesmo fazendo duas passagens de fronteira não gastamos mais de 40 minutos entre as duas. 
Passamos grande parte da viagem no Uruguai. Para mim o melhor lugar para rodar. Chamo de viagem civilizada. Velocidade tranquila e constante. 
O ponto alto da viagem foi passar toda a provincia de Entre Rio na Argentina sem ser molestado. Em determinado momento até recebemos o aceno respeitoso e amistoso de um policial da rodovia. 
Chegamos em Zarate por volta de 18,30 horas. Jantamos no restaurante Arrighi. Muito bom. O hotel? bem, mantendo o padrão de Rivera... 
O jantar de hoje foi Tornedos de ternera com bacon e molho de Malbec e Sorrentinos a la Pizza. Excelente!
Seguem algumas fotos.
Abraços e beijos.