Caros amigos,
Ontem não publiquei nada aqui porque a internet do hotel não era das melhores. Consegui mandar algumas mensagens e até algumas fotos, mas alimentar o blog era demais.
Serpenteamos pelas montanhas do norte do Laos e do Vietnã. Impressionante a mudança que acontece de um lado para o outro da montanha. O Vietnã tem uma uma beleza bem mais rústica e mais forte. Terminamos o dia de ontem Dien Bien, local onde os vietnamitas impuseram uma expressiva derrota aos franceses em 1954 que determinou a retirada da França do território e decretou o fim da longa dominação.
Hoje pela manhã visitamos a colina onde se deu a batalha e o museu da cidade. Os Vietnamitas têm muito orgulho desse feito. Muitas crianças tendo aulas diretamente nesses lugares.
Depois das visitas saímos novamente por um vale e seguimos o curso do rio. Tomamos um café em Doanh Nghiep e almoçamos em Phong Tho. Sempre andamos por paisagens maravilhosas. No entanto, a última etapa da viagem foi impressionando. Seguimos na direção de Sa Pa, onde estamos agora e passamos por um dos lugares mais bonitos que já conheci. A grandiosidade das montanhas e as luzes do final do dia fizeram com que valesse cada minuto e cada centavo gastos para chegar aqui. Nunca conseguirei agradecer suficientemente o Carlos Azevedo pelo convite. Aliás, estou nesta viagem em razão da companhia de amigos que nela iria encontrar. Quando soube que nela estariam Marco Cardoso, Rui Silva e Luis Pereira, além do Carlos, é certo, não tive dúvida de que queria faze-la. No entanto, a surpresa estava reservada para hoje. Além das companhias, ainda tivemos a surpresa de encontrar a referida paisagem. Pior que nesse momento haviam acabado todas as baterias: do celular e das máquinas fotográficas. Disso, portanto, não restou nenhuma foto.
O trânsito no Vietnã é mais intenso que o do Laos. Parece que lá foi uma boa preparação. Quase a mesma coisa, mas com o dobro de búfalos, cachorros, crianças, homens e mulheres na estrada, o quadruplo de caminhões e pelo menos cinquenta vezes mais motonetas. Tudo sem uma regra muito clara. O que se pressupõe seja contramão é de trânsito normal para eles. Interessante que em Dien Bien na primeira vez que atravessei a rua quase fui atropelado, porque queria ver o movimento das motos. Logo me dei conta de que para atravessar a rua não há que olhar para nada. É só atravessar. Os veículos vão desviar normalmente e tudo funciona.
Devo confessar que o "caos" (para os nosso padrões) me fascina muito mais que a organização. Adoro viajar por trânsitos considerados caóticos. Como não há nada certo, também há nada errado. Com isso, não tem ninguém querendo organizar e tudo funciona em razão do engajamento de todos. Penso que se algo acontece com um grupo com o nosso, a culpa será seguramente nossa que pretendemos encontrar alguma lógica que esteja relacionada com nossa cultura. Com as motos estamos nos comportando como ao atravessar a rua. Entramos sem olhar para os lados (olha-se somente para a frente e em um ângulo estreito para o lado. E lá vamos nós!
O trânsito no Vietnã é mais intenso que o do Laos. Parece que lá foi uma boa preparação. Quase a mesma coisa, mas com o dobro de búfalos, cachorros, crianças, homens e mulheres na estrada, o quadruplo de caminhões e pelo menos cinquenta vezes mais motonetas. Tudo sem uma regra muito clara. O que se pressupõe seja contramão é de trânsito normal para eles. Interessante que em Dien Bien na primeira vez que atravessei a rua quase fui atropelado, porque queria ver o movimento das motos. Logo me dei conta de que para atravessar a rua não há que olhar para nada. É só atravessar. Os veículos vão desviar normalmente e tudo funciona.
Devo confessar que o "caos" (para os nosso padrões) me fascina muito mais que a organização. Adoro viajar por trânsitos considerados caóticos. Como não há nada certo, também há nada errado. Com isso, não tem ninguém querendo organizar e tudo funciona em razão do engajamento de todos. Penso que se algo acontece com um grupo com o nosso, a culpa será seguramente nossa que pretendemos encontrar alguma lógica que esteja relacionada com nossa cultura. Com as motos estamos nos comportando como ao atravessar a rua. Entramos sem olhar para os lados (olha-se somente para a frente e em um ângulo estreito para o lado. E lá vamos nós!
Estou gostando muito deste lado do mundo. Pensei que estranharia a comida, mas a cada dia ela me surpreende mais, positivamente.
pelo relato, depois desta viagem você estará doutorado para viajar pela Índia. doutorado em caos rsrsr
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