Bom dia!
Depois de um texto tão longo, necessário mesmo um longo período de silêncio, ainda que ele tenha sido determinado por desídia em um dos dias e horário no outro.
A viagem entre a Indaiatuba e São Roque de Minas somente contou com o destaque para as estradas de São Paulo, seja pelo complexo sistema viário que funciona de forma excepcional, como pela qualidade da pista e, adicionalmente para quem viaja de moto, pedágio free. Logo, grande parte do trajeto foi mesmo muito divertido e com pouco trabalho. Um pilotagem divertida.
O GPS encontrou um atalho por uma estrada que eu nunca havia feito antes. As outras vezes que foi à Serra da Canastra fui direto para a MG 050 até próximo de São Sebastião do Paraíso e tomava a via em direção a Passos. Agora, seguindo o trajeto sugerido (sem programação no basecamp), depois do ponto referido, viajamos na direção de Guarenésia e Guaxupé, até as proximidades de Muzambinho, quando tomamos à direita e passamos por Alpinópolis, entrando na MG 050 muito próximo do complexo de furnas. Com bastante tempo para chegar em São Roque de Minas, passeamos pelo interior da hidroelétrica e depois contornamos, pela estrada principal, lentamente, o lago de alimentação da usina. Uma sensação bem divida: a paisagem é maravilhosa e agora os paredões estão mais exuberantes, mas uma tristeza ver o baixo volume de água, confirmando tudo que vem sendo dito na imprensa sobre o colapso que se aproxima.
Encontramos a mesma São Roque de Minas, agora com pouca gente. Claro que todas as outra vezes lá estive durante o final de semana ou em feriado prolongado. Agora cheguei no domingo, quando a maioria dos turistas já haviam saído. No domingo o Restaurante Zagaia, nosso velho point, estava fechado para descanso semanal e elegemos o restaurante Velho Chico. Excelente opção, ainda que bem mais longe do hotel (morro acima). A caminhada se justifica.
Ao final, ainda uma passagem pelo centrinho e depois fomos rever malas e descansar para tocada do dia seguinte.
O dia de ontem foi somente de estrada. Foram cerca de 970 km e já saímos, para um trajeto dessa envergadura, um pouco tarde do hotel, porque resolvemos esperar o café da manhã que só começou a ser oferecido após as 7,00 horas. O resultado foi pilotar os últimos 70 km à note e por uma estrada muito mal sinalizada. O trajeto poderia ser mais curto, mas não foi recomendado porque teríamos que ir por uma estrada de terra e que não estava em boas condições, o que demandaria ainda mais tempo.
Sobre a peculiaridade de informações sobre a estrada vale contar que em todas as vezes (pelo menos cinco) que tentávamos definir o trajeto e perguntávamos para alguém sobre as condições que encontraríamos, a resposta era sempre a mesma: "tem partes que ela está boa".
O itinerário de ontem foi um misto das sugestões do google map e do gps. Voltamos de São Roque de Minas para Puimhi, retomando a MG 050 por (ainda bem, porque o trânsito...) pequeno trecho e seguindo por estrada secundária para Pains (capital mundial do calcário, seja lá o que isso quer dizer), depois Argos, onde encontramos a MG 354 até encontrar a BR 262, nas proximidades de Campos Altos. Deixamos está última estrada na Ibiá, depois Patrocínio, até atingir a metade do percurso em Catalão. De Catalão seguimos pela MG 330 até Anápolis.
A sorte é que o hotel tem um restaurante muito bom e foi possível tomar um banho e descer para jantar sem muito movimento. Mas ainda assim foi um jantar excepcional. O único tom destoante foi o blood mary que pedi, porque estava com muita vontade, e veio o pior que já experimentei até hoje. Tanto que uso a expressão experimentei, porque foi mesmo literal. Não bebi. Mas o meu prato e a seleção de queijos (a título de sobremesa e para concluir o vinho), compensaram a frustração inicial.
Hoje, vamos para Pirenópolis. Não sei se terei assunto, mas prometo que volto para tentar publicar algumas fotos minhas e muitas do Davi.
Abraços e obrigado pela companhia.