Meus caros,
Ontem fiz uma inversão na ordem de publicação. Primeiro resolvi publicar fotos e depois escrever. Ocorre que estamos em viagens pelo deserto. Os hotéis até possuem sistema de internet, mas quando ele lota no final do dia, não tem nenhuma pessoa que não queira ter o seu acesso garantido. Resultado: colapso total! Ontem deixei publicando as fotos enquanto jantava, mas depois disso não houve mais forma de escrever.
Saímos de Fes, no horário programado e começamos a subir o Atlas. Um pouco de frio nos fez rever a roupa e as luvas em Ifrane. Sobre ela já falei na viagem anterior. É mesmo uma cidade que parece da Suiça, no meio do Marrocos. Tem aí um dos castelos do Rei. Isso já diz muito sobre ela. Tomamos um café e seguimos subindo. Estabilizamos a subida entre 1800 e 2000 metros e viajamos com temperatura agradável, sem muito sol mas sem chuva, por cerca de 130 km. Lá estavam elas novamente, as curvas. É sempre uma alegria quando temos muitas curvas e quase todas amigáveis.
Encontramos muitas motos na estrada. A maioria espanhóis. É que nos próximos dias ocorrerá aqui o Ralie do Marrocos. Vimos também os primeiros carros de competição (ainda nas carretas). Esperamos que entre hoje e amanhã eles apareçam em treinos, pois essa fase já iniciou. Lembrei que o ano passado foi o Ralie da Líbia que encontramos na estrada.
Em Er Rachidia, o mesmo agradável hotel. Silêncio absoluto no meio do deserto.
Hoje saímos de Er Rachidia para fazer 140 km somente. Mas viajamos por uma paisagem maravilhosa. Primeira para parada para ver de cima da falésia parte do maior oásis o mundo. Fica no vale do Ziz, o mais importante rio do Marrocos. Depois, entramos no vale e viajamos por entre as algumas das aldeias. Este ano o tour teve uma atração diferente. Paramos em uma pousada, que é casa da uma família berbere. Fomos recebidos na sala depois de, obrigatoriamente, tirarmos as botas de viagem, onde tomamos chá e café. O dono da casa nos ofereceu tâmaras na forma que eles comem aqui: levemente secas. Eles cortam o galho, elas secam no pé, e eles consomem logo que colhidas. Totalmente diferente do que compramos no mercado. Delícia é dizer o mínimo.
Chegamos ao hotel em Merzouga, almoçamos, dormi meus tradicionais 10 minutos (ou teriam sido 20? ou mais? Não importa. Dormi!). Agora estou escrevendo enquanto espero o passei de dromedário (que eu gosto mais de chamar de passeio de camelo, ainda que não seja), para assistir o por do sol nas dunas.
Abraços e beijos.
Cada vez melhor a expedição... E com o ingrediente que todo motociclista é apaixonado: curvas e mais curvas!
ResponderExcluirKeep Walking...
Abração
Grande Mestre (Doutor)! Sempre traduzindo em palavras o encanto que seu olhar observa e seu paladar aprecia. Vale a carona que nos dá nas suas viagens. Abraço.
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