Boa noite!
Devidamente instalados e após o jantar, restou hoje um tempo para contar mais.
No domingo aproveitamos para passear no centro histórico de Ilhéus e conhecer algumas praias do entorno.
A cidade é muito interessante e tem um potencial patrimônio histórico. Ocorre que a cidade está muito descuidada e o único prédio revitalizado nos últimos anos é o que foi a casa de Jorge Amado. Penso que será muito difícil qualquer modificação naquele estado de coisas, pois demandaria um dinheiro extraordinário. Vale passear pensando com poderia ser diferente e usar toda a imaginação para reconstruir uma boa parte da história da Bahia e do Brasil. Um sentimento contraditório de encantar-se e desencantar-se o tempo todo.
A sorte é que a natureza é bem mais forte e contemplou u lugar com praias maravilhosas. Já aquelas que ficam na frente da cidade são espetaculares, mas nós fizemos um tour com as motos pelas praias do sul e do norte. As primeiras são lindas por obra da natureza, as segundas pelas construções e pelas soluções urbanísticas.
Ao visitar os balneários do sul fomos até Itacaré. Não querendo um almoço tradicional, optamos por procurar uma casa que servisse açaí. Passamos por algumas, mas em determinado momento, no centro da vila, vi uma placa em que estava escrito o nome do estabelecimento: "Raiz", e anunciava açaí orgânico. Paramos imediatamente, fizemos nossos pedido e fomos esperar o preparo do outro lado da rua, onde haviam três mesas destinados aos clientes daquele local e de um restaurante que fica quase ao lado. Havia somente uma mesa vaga. Em um delas uma moça trabalhava escrevendo algo e na outra havia duas pessoas, um rapaz e uma moça, com ares de quem esperavam pedidos também. Nos cumprimentamos rapidamente e ficamos conversando cada qual com suas companhias. Nossos pedidos chegaram antes e estavam tão lindamente feitos que chamaram a atenção de todos os circunstantes, gerando imediatos comentários, como "está lindo isso", "parece gostoso", "bom apetite"... Logo a seguir chegou o prato do casal e pareceu estar muito bom, ao que também elogiamos e devolvemos os votos de "bom proveito". Mais tarde, após termos terminado de almoçar, ficamos sabendo que estávamos conversando com pessoas que também moram em Florianópolis. Thomáz e Rochelle (espero que seja assim), estão instalados em Itacaré e sem data para voltar. Trocamos contatos e espero que possamos cumprir a promessa de encontrarmos na volta deles para tocarmos impressões sobre viagens.
Após seguimos o rumo das praias do sul, que são lindas, mas que se tornaram convencionais em razão do acervo arquitetônico.
Jantamos na última noite no restaurante Vesúvio, agora o da praia e fomos para a pousada arrumar as coisas para partir cedo no dia seguinte.
O próximo destino foi Teófilo Otoni, já em Minas Gerais. Várias foram as rotas sugeridas pelo Google Maps, mas seguimos uma diferente determinada pelo GPS. Talvez a mais longa, mas com menor tempo de deslocamento. A decisão foi acertada. Passamos pela Serra do Marçal, entre Itambé e Vitoria da Conquista. Curvas maravilhosas para fazer de moto em uma serra maravilhosa, com muitas fazendas. Não é composta por montanhas muito altas, alcançando cerca de 850 metros. Valeu muito conhecer.
Depois de Vitória da Conquista tomamos a BR-116 até o destino do dia. Chegamos cansados porque a estrada é um verdadeiro massacre, piorando muito quando entra em Minas Gerais. Jantamos no próprio hotel.
Hoje saímos cedo para cumprir um trecho relativamente curto. Escolhemos ir para Sabará, distante 450 Km de onde estávamos, do que ir a São João Del Rei, quase o dobro da distância. Novamente a sorte estava conosco. No curso da viagem constatei que não seria possível chegar a qualquer outro lugar que não Belo Horizonte para fazer a revisão da moto. Aproveitei uma parada para o lanche e consegui uma vaga na oficina para amanhã. Fui gentilmente atendido por Jacqueline que providenciou o agendamento na Euroville BMW Motorrad e ainda indicou um bom hotel nas proximidades. Ao chegar no hotel constatamos que a revenda da Triumph fica bem aqui ao lado, o que já dará a oportunidade de o Davi também fazer uma inspeção da sua moto. Com isso ainda levamos a vantagem de ficar dois dias em BH, o que, convenhamos, não é nenhum sacrifício.
Volto para uma última publicação assim que chegarmos em casa.
Até breve. Abraços.
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