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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Alguns relatos e registros para encerrar esta viagem.

Meus caros,
Voltando o relato do trajeto, no sétimo dia de viagem saímos Reynihlid, em Myvath, 10,00 horas, para cumprir os 150 Km do dia, com 30% em off-road. Foi o dia do passeio de observação de baleias, que já relatei. Depois disso fomos conhecer a catarata de Godafoss (algo como catarata dos Deuses) e rumamos para Akureyri. Nos hospedamos em hotel da Icelandair. A melhor vista de hotel do circuito (a patir do quarto) e o hotel mais moderno. No entanto, foi neste hotel que encontramos o menor quarto e maior dificuldade de internet (coisas da lei da compensação,..rs).
O oitavo dia, que também já mencionei em parte, foi o mais relaxante. Saímos de Akureyri 8,30 horas pilotando por um vale maravilhoso. Foram quase duas horas naquele magnifico cenário. Visitamos, inicialmente, a igreja de Vidmyri, que é considerada uma das mais bem conservadas construções da arquitetura tradicional islandesa e a mais importante do ponto de vista histórico, Depois estivemos na peninsula de Snaefellsnes, a oeste do Borgarfijordur, que é considerada a síntese em miniatura da Islâdia, por encontrar-se nela todas as características dos diversos lugares da Islândia.
Cruzamos a seguir o Parque Natural de Snaefellhjökull. Tem 170 Km2 e inclui a linha costeira e mar, tendo, portanto, variada espécie de visa, inclusive (e especialmente) marinha.
Foram 398 Km, com 30% em off-road.
Terminamos do dia Stykkishomur, no hotel do mesmo nome. Talvez a cidadezinha mais charmosa de todas (aliás, essa sensação nos acompanhou durante toda a viagem, qualquer lugar parecia o melhor do viagem).
No nono e último dia com as motos, partimos do hotel 9,00 horas para fazer os 302 Km do dia, com boa parte em off-road. Foi o trecho que exigiu maior técnica de pilotagem nestas condições, Tanto é assim que neste trecho o road book alertava que o circuíto era opcional, quem quisesse poderia seguir pela estrada de asfalto até o hotel. Mas quem tivesse feito isso teria perdido o trecho mais bonito e interessante da viagem, com muita neve permanente ao lado da estrada.
Voltamos ao hotel Hafnarfjordur, não sem antes abastecer e "lavar" as motos.
Depois um jantar maravilhoso em Reykjavike, com pexes, lagosta, carnes de puffins e baleia.
Aliás, ainda ontem, Wilson e eu fizemos o jantar de despedida e comemos (ainda que possa parecer incrível e eu ter prometido que seria a última coisa que experimentaria) o famoso tubarão fermentado, que o mais típico prato típico da Islândia e muito Viking.
Gastronomicamente confesso que também foi um trajeto com muitos momentos "off-food".
Foi uma excepcional viagem.

Alguns registros até que me lembre de outros. Antes a observação de que retirei algumas fotos por erro d tamanho na publicação, mas reponho a seguir.
O primeiro registro é o de que o grupo manteve-se com a mesma conduta que já relatei até o final. Meus agradecimentos pelo companheirismo dos amigos Nuno, Pedro Serra e dos irmãos Luis e Rui, de Portugal e   Osvaldo, Pedro Bueno e Wilson do Brasil. Aliás, uma referência especial ao Wilson que além de dividir o quarto de forma compartilhada mesmo, também foi fiel companheiro de vinho, vodka e, claro, algumas cervejas no intervalo, mas também pelos momentos de debates filosóficos que deram uma dimensão ainda maior à viagem.
Não menos especial é o agradecimento ao Carlos Martins (road capitain) e ao Ricardo Azevedo (apoio indispensável) pela gentileza, segurança e companheirismo com que conduziram os "novos desbravadores" da Islândia. Deixaram claro que é possível ser muito profissional, "sin perder la ternura, jamás" (como diria outro motociclista.da cepa).
Ainda falta algumas considerações sobre a moto. Uma boa moto (nem poderia ser diferente porque a marca a recomenda e também porque nem poderia falar mal aqui de uma BMDafra sob pena de ser olhado com desdém por alguns fãs de carteirinha). Para a minha altura, considerando o off-road ela é inadequada, uma vez que eu só tocava, literalmente, o bico da bota no chão, o que tornava impossível qualquer eventual toque de pé no chão para corrigir a mínima inclinação. Assim, em movimento, é ficar com os pés na pedaleira e acelerar (e acreditar)  ou cair. Ainda bem que esta última hipótese não ocorreu. Ouro ponto que conta contrário, é que a moto ficou mais alta em relação tanto à F650Gs, quanto à G650Gs, sem que houvesse uma compensação de deslocamento de peso para a parte inferior do motor. Assim, ainda que as motos possam ter o mesmo peso em termos absolutos, a Sertão ficou mais pesada na parte mais alta e na inclinação e para por a moto em pé, quando no descanso, ela ficou mais pesada.
Vou comparar com outra moto que tenho experiência e com a qual fiz grande trecho de off-road (na Ruta 40), que é a XT 660. A favor da BMW o freio ABS e o aquecedor de manopla. A favor da XT: melhor posição para pilotagem em pé (pedaleiras não se comparam); o fato de ser monocilíndrica dá à moto um melhor torque a ajuda naquela fração de segundos que pode ser definitiva na correção; mais equilibrada pela distribuição do peso na parte inferior, o que determina baixa no centro de gravidade e facilita a pilotagem.
No mais são muito parecidas.
Bem meus caros, salvo alguma outra lembrança e a publicação de outras fotos, está encerrada a Expedição Islândia. Viagem que valeu cada curva, cada vulcão, cada geiser, cada fiorde, cada glaciar, cada comida. Enfim, valeu cada centavo!
Um abraço a todos

Um comentário:

  1. Valeu, amigo... Que tocada (90 km por hora no rípio, fugiu à nossa receita padrão, né...). Estou feliz por vc e insisto: viagem da tua vida, pois dificilmente poderá ser superada e a saudade, no futuro, quem sabe não orientará a necessidade de um replay (vc de road captain), com o Carlinhos e o Alexandre Schmidt. À propósito, estivemos de casal em Gramado no último final de semana, e o indío é "bom de boléia, mesmo" (cobrou a nossa ida a Içara - off, lembras?). Vamos marcar uma cachaça vc contar pessoalmente mais detalhes

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