Meus caros amigos.
Dificuldades decorrentes da intensidade da viagem e, ontem,
pela dificuldade decorrente da velocidade (ou da falta de) da internet, estou
sem mandar mensagem nas últimas horas. Claro que pior é a publicação de fotos.
Hoje vou tentar um pouco de tudo, mas se as fotos não insistirem em não ir,
ainda resta a promessa.
Hoje, tentando cobrir quase três dias, vou ser um pouco
desarticulado, mas vou contar um pouco de tudo. Atualizando o trajeto: quando
saímos de Geysir passamos pelo vulcão Hekla, que é aquele que por vezes fecha o
espaço aéreo europeu. Em algumas fotos ele aparecerá com gelo e entre neblina e nuvens escuras.
Foi o dia de muita chuva e pilotagem divertida, que já relatei. Passamos por
Landmannalagar, por Skaftá e paramos no hotel Höfdabrekka.
No hotel da Geysir comemos de entrada um carpácio de baleia
e, depois, um bacalhau (um dia ainda falo sobre a diferença entre bacalhau e cod,
mas agora estou viajando com amigos portugueses e não vou entrar nesta
discussão.
Já no hotel de Höfdabrekka foi um jantar self service
maravilhoso. Tinha vários tipos de entradas: quase um carpaccio de carne de
cavalo defumada, salmão carpaccio e tartar
de vários modos, lombo de suíno assado, peito de pato defumado. Entre
vários pratos e carnes finalmente comi a famosa carne de baleia, agora como
prato principal (que o Green Peace não saiba, mas é maravilhosa!).
No dia seguinte, após um maravilhoso café da manhã, saímos
na direção de Höfn. Entramos, então, na região dos glaciares. Passamos pela
Svartifoss (cascata negra) e fomos visitar alguns glaciares, mas estivemos no
principal deles, vatnajökull. A maior massa de gelo da Islândia, cobre 8% da
área do ilha, possui 8.100 Km2 e espessura de pode atingir 1.000 metros.
Embaixo dele existem vulcões. Um passeio de barco pelo lago formado pelo
glaciar. Entramos 7 km até próximo do paredão de gelo. É fantástico ver
icebergs de formas maravilhosas e saber que em poucas horas eles não estarão
mais ali. A grandeza, o poder e efemeridade se confundem e dão a eles atributos
contraditórios e maravilhosos. Depois, no dia seguinte, visitamos o mesmo
glaciar do alto da montanha Hvannadalshnjúkur (pronuncia que eu quero ver).
Vista imperdível.
Seguimos para a região dos fiordes. Quem acompanhou pelo
spot verificou que contornamos, serpenteando, fiordes importantes. Acabamos o
final da tarde em Höfn. Um lugar excepcional. Precisamos cruzar três rios para
chegar na pousada. Como toda a Islândia, para mim um tudo no meio do nada.
Hoje um novo dia de off-road (TT, como dizem os amigos
portugueses) bem expressivo. Visitamos de dois pontos diferentes a cachoeira de
Dettifoss, no meio do Parque Natural de Jökulsárfljúfur, que cruzamos no meio
em off-road e terminamos por visitar a vulcão Krafla e a região do Lago
Mýavath.
Agora no hotel acabei de comer um cordeiro assado com
legumes e batatas muito aromático.
Interessante como este blog que tem a pretensão de ser um
relato de viagem de motocicleta está quase se tornando um blog de viagem.
Preciso ainda fazer referência à moto na qual estou
viajando, mas peço aos amigos motociclista que esperem ainda a minha apreciação
ao final da viagem.
Fica no entanto o registro que, até agora (porque tenho medo
de elogio antes do final porque tudo pode se alterar a qualquer momento) o
grupo tem sido fantástico. Vou detalhar as razões: estamos no sexto dia de
viagem e até agora, sem qualquer pressão do guia, não foi registrado qualquer
atraso (estamos em nove pessoas, incluídos o líder e o carro de apoio). Parece
quase natural sair no horário, ou todos estarem prontos mesmo quando não há
horário determinado. Estamos viajando com GPS e absolutamente livres para fazer
o que quisermos. Em alguns momentos ficamos sós fazendo cada qual aquilo que
pretende fazer (fotos, filmagem, mudar de roupa de pilotagem...), mas no
momento de reagrupar as motos (para passar em cursos de água por exemplo) nunca
houve diferença entre o primeiro e último a chegar maior do que dois ou três
minutos. A saída do hotel é sempre na hora marcada. Enfim, o respeito de cada um
pelo grupo é notável. Integração excelente. Muita sorte em estar neste grupo.
Meus caros, até agora a viagem dos sonhos. Mas escrevi
demais e devo parar.
Amanhã, se possível, vamos fazer um passeio de observação de
baleias. Sendo possível comento amanhã.
Até breve.
Amigo Brandão. Que aventura maravilhosa. Que fotos, que lugares. E as comidas são um caso à parte. Feliz, ainda, pelo grupo homogênio que foi formado para esta exclusiva viagem. Estou feliz pelo amigo e torcendo que tudo continue a te e a nos impressionar. Vá fundo. Forte abraço.
ResponderExcluirQuerido Paulo, adorei este teu trecho da viagem, cheio de aventuras e paisagens lindas! a comida é exótica e os termos mais ainda! aliás teve um nome que me fez rir e lembrar da expressão "levado da breca" e que se encaixa no perfil do viajante pois se assim não o fosse não estaria agora relatando suas peraltices pelos confins do mundo! Rsrs, se cuida! bj
ResponderExcluirSem atrasos, explico: Paulo Cezar no Brasil, bem longe (ufa... q sorte!) ahahahahahahahahahahahahahahahah
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