Nestes últimos dias temos falhado: eu e o spot. Eu por ter deixado de publicar e o spot por ter deixado de registrar dois dias inteiros de viagem.
Como havia salientado, sairíamos de Ushuaia em direção ao Chile e assim o fizemos. De Ushuaia fomos para Punta Arenas, mas não o fizemos pela travessia desde Porvenir, mas por terra. Assim, fizemos a saída da Argentina e entrada no Chile em San Sebastián. Fizemos a passagem normal com a balsa em Bahia Azul e rumamos para Punta Arenas. A cidade estava extremamente movimentada por uma visita oficial muito importante. Policiais por todas as partes. Além disso, o assunto mais importante é a matança de cachorros que tem sido operada por pessoas ainda não identificadas o que tem deixado em alvoroço grande parte da comunidade. Passeamos em Punta Arenas, abastecemos e rumamos para o destino do dia que era Puerto Natales.
Chegamos a Puerto Natales no final (meio) da tarde, a tempo de cancelar a reserva do hotel que havíamos feito pelo Booking e encontrar um mais decente. Não somos de refugar qualquer coisa, mas esse era excepcionalmente ruim. Acomodados, fomos passear no centrinho da cidade e jantar.
Durante todo o tempo da viagem temos comido muito bem. Acho que é impossível comer mal no Ushuaia, por exemplo. É preciso muito esforço e certamente com várias tentativas frustradas. Não tenho relatado aqui pratos, salvo aqueles que são excepcionais, como aquele que referi no relato de Bahia Blanca. No entanto, devo registrar um salmão na manteiga que comemos em Puerto Natales, que foi fora de qualquer medida antes estabelecida para salmão. Alguns podem atribuir à fome o registro para um prato tão simples. Mas exatamente naquele dia havíamos comido bem durante o dia e feito lanches de viagem. Logo... O melhor da história foi acompanhar o salmão de um Chardonay Marques de Casa Concha. com oito meses de carvalho, safra 2010, nas condições ideais de temperatura, pelo preço correspondente a R$ 60,00 (acreditem, não é sonho), o que é barato até mesmo no Chile (acho que nem adega da Concha e Toro encontraríamos esse preço).
No dia seguinte, saímos cedo do hotel para explorar o Parque Nacional Torres del Paine. Um espetáculo indescritível. Parece que o tempo para e que ali estão as paisagens que sintetizam todas as grandezas turísticas do mundo. Choveu bastante durante a noite e o dia amanheceu nublado com chuvas fracas irregulares. Durante todo o passeio fomos acompanhados de mangas (como se diz por aqui) de chuvas, sol e nuvens. Nada atrapalhou o passeio. Uma boa surpresa foi saber que na altura de onde termina o passeio, na saída do parque, há uma passagem fronteiriça com a Argentina, que sai acima de Rio Turbio, encurtando muito o trajeto que imaginávamos para El Calafate. Melhor, a fronteira mais sem burocracia que já encontramos. Menos de cinco minutos está tudo resolvido, sem preencher formulário e tudo mais. Quero ver como vou sair da Argentina! Mas isso será um outro capítulo. Entrei e estou curtindo muito. Depois a gente vê....
Ontem, devidamente acomodados saímos para o passeio básico desta graça de cidade que é El Calafate. Compras, cordeiro pagatagônico e passeio até por volta de meia-noite.
Hoje começamos o dia no Parque Nacional Perito Moreno, que eu também já conhecia, mas me deslumbrei novamente junto com a Heloisa. Cerca de dois anos atrás, pouco depois que passamos por aqui, Paulo Cezar e eu, eles ampliaram o sistema de passarelas. Agora se pode chegar muito mais próximo (ou talvez melhor ângulo) do glaciar do que o barco pode chegar. Fiquei com sinceras dúvidas sobre a validade da navegação atualmente, especialmente porque nos miradores das passarelas você pode ficar quanto quiser apreciando o deslocamento das placas de gelo e tudo mais.
Depois seguimos para El Chalten, que eu também não conhecia, uma vez que quando do projeto Rota 40 tivemos que deixa-la de lado porque o trecho até a cidade de Perito Moreno era (e é) o mais complicado de toda a viagem, quer pela distância, quer pela estrada, quer pelo problema de combustível. Uma pequena cidadezinha (assim mesmo), mas que vale pela beleza natural do seu entorno, especialmente pela imponência do Fitz Roy, que é um dos montes mais bonitos da cordilheira.
Vou tentar publicar, aleatoriamente, algumas fotos. Aliás, falando em fotos, devo salientar que um dia publicarei o melhor da máquina da Heloisa que é incompatível com o computador que eu trouxe (eu acho interessante como algumas pessoas ainda acham a Mac é tudo aquilo). As fotos que estou publicando são todas da Go Pro e, portanto, tiradas sem a menor noção de enquadramento. É no chute e na tentativa mesmo.
Um grande abraço para todos.
Queridos Irmãos e Amigos. Que maravilha. Algumas das fotos estão de tirar o fôlego. Estávamos preocupados com a falta de notícias, mas valeu a pena a espera. Que aventura fantástica. O cordeiro patagônico de El Calafate, com vinho dos bons, é de fechar as portas e as janelas para o vizinho não aparecer. A vida é para isso mesmo. Para ser curtida intensamente enquanto temos saúde e disposição. Que vossos caminhos continuem daí para melhor. Grande beijo. Narcísio e Dirlei.
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