Meus
amigos e companheiros de viagem,
Tem
sido difícil conseguir internet com velocidade e sem tempo. Não sei se
conseguirei publicar fotos ou, mais uma vez, vou ficar no texto somente para
dar notícias de onde ando.
Ontem,
como relatei, entramos na Namibia, mas ficamos instalados logo após a
fronteira. O hotel, como também relatei era excelente. Quando eu publicar fotos
verão que ele, inclusive, se dá ao luxo de ter a própria água mineral, com
engarrafamento industrial, para consumo dos hospedes.
Hoje
o dia foi duro (embora nem de longe possa ser comparado com o que virá amanhã).
Está certo que vocês deverão duvidar quando eu contar que saímos do hotel 10,00
horas da manhã, mas a verdade é que foram 260 Km de off-road mas sob um calor
escaldante que, em determinado momento, minha moto registrou 42 graus
centígrados e a de um outro viajante acusou 45 graus. De outro lado, há um
cansaço especial pela pilotagem em off-road com a necessidade constante de
correção do rumo da moto. Acho que hoje devo jantar cedo e dormir muito mais
cedo, porque amanhã sairemos para a estrada assim que o dia amanhecer, ou seja,
por volta de 6,00 horas.
Visitamos
hoje, consta, o segundo maior canyon do mundo, perdendo apenas para o do Gran
Canyon do Colorado. O Fish River Canyon é impressionando, especialmente no
lugar que fomos visitar, na altura da Table Montain da Namibia. Depois voltamos
e nos instalamos exatamente no início do Canyon, em um hotel de águas Termais
Chamado Ai-Ais. Já cheguei direto ao banho e entrei com toda a roupa de
motociclismo no box, abri o chuveiro no frio (como se pudesse encontrar água
fria aqui). Aproveitei o sabonete líquido do hotel e tirei um pouco da
quantidade de terra que estava impregnada na roupa.
Hoje
o sol do deserto me deu mostras do seu poder. Estou usando muito filtro solar
(fator 60) e com aplicação em vários momentos do dia. Levo o filtro no bolso da
jaqueta. Mesmo assim, como há um espaço entre a jaqueta e a luva de verão,
sofri uma queimadura bem expressiva em ambos os punhos. Amanhã, mesmo que com
calor forte, terei que seguir viagem com luvas altas e fechadas.
O texto acima foi produzido no word dois dias atrás para ser publicado rapidamente uma vez que conseguisse conexão. No entanto, só a encontrei agora e, feita a colagem, sigo com o improviso de sempre no texto.
Primeiro devo contar que o dia de ontem (como era previsto e anunciei acima) foi o mais complicado, mas ao mesmo tempo o mais desafiador e, provavelmente, o que restará integralmente desta viagem. Claro que pelas paisagens pelas quais passamos, mas especialmente pelas condições de pilotagem.
Foram 670 Km de pura terra e 13 de pilotagem. Saímos do hotel 5,17 h da madrugada (ficamos esperando amanhecer ao lado das motos para não perder tempo) e chegamos ao destino exatamente 18, 17 h. Cortamos bom pedaço do Deserto da Namibia em pista próxima do rípio (alguns lugares muito bons, ainda que escorregadios e outros com mais cascalho que gostaríamos) com pilotagem preponderantemente em pé. Em algumas oportunidades a moto tentava se tornar independente e achar caminhos tortuosos, necessitando enérgica correção. A chegada foi emocionante, nos abraçamos todos em estado êxtase e quase incrédulos de ter vencido a distância, o off-road e o calor brutal do deserto. A quantidade de alegria mantinha uma perfeita simetria com a quantidade de terra que tínhamos em nossas roupas, botas, luvas, malas, capacetes. Em menos de 10 minutos estávamos todos na piscina tomando um merecido gim/tônica (um Bombay Sphere, patrocinado por Carlos Azevedo/Motoxplorers).
Depois do jantar pretendia acessar a internet, mas, por incrível que pareça, aqui o sinal de internet tem horário para fechar... rs. Por isso é que agora não estou na piscina, pois queria contar um pouco e informar onde estou.
Estamos agora em um hotel Chamado Deserto da Namíbia, localizado em lugar magnífico, nas proximidades de uma cidadezinha chamada Solitaire.
Hoje foi um dia considerado de "descanso". Na verdade, o descanso foi somente o de pilotagem, porque acordamos 4,00 h e saímos do hotel 5,00 h para conhecer as famosas dunas de Sossusvleli, entre elas, uma região que era um lago que secou, chamado deadvlei. Por mais que eu tenha tirado fotos em grande quantidade e ainda que eu as publique e as explique, jamais terei possibilidade de representar minimamente o que a gente sente em estar ali. Chegamos no hotel por volta de 18,00 horas e corri para tentar esta publicação.
Vou agora publicar e tentarei depois publicar separadamente algumas fotos dos dois dias anterior, porque ainda na baixei as dos últimos. Sendo possível, volto. Não sendo, quando possível vou atualizando.
Abraços e beijos.
Primeiro queremos dizer que compreendemos as dificuldades para postagem. Já passamos por isso em alguns lugares bem mais urbanizados do que aí. Segundo, foi um alívio a postagem porque a gente nunca sabe... um leão com fome, um leopardo sorrateiro ou, até mesmo um rino durante uma travessia de rio, poderiam fazer um lanchinho do nosso amigo rsrsrs. No mais, a aventura está sendo radical mesmo. Depois dessa será difícil encontrar desafios tão instigantes. Não te preocupes com as postagens porque sabemos por onde andas. Aproveita. Enjoy it. Kisses.
ResponderExcluirShow de bola... Pena eu não estar aí prá sair um pouquinho mais tarde kkkkkkkkkkkkk. Ei, vê se te cuida tchê (calor assim só em Rosário do Sul no mês de fevereiro kkkkkkkkkkkk). Mas para um "veterano" (ou sobrevivente...) da 40, todo o "impossível" fica reservado ao plano do "difícil"... Mas que tocada, irmão (agora no feriado vou matar um pouco a saudade da pilotagem la prás bandas Missioneiras, conheces??? kkkkk
ResponderExcluirBem, fico por aqui na torcida por uma viagem cada vez mais recheada de fortes emoções...