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domingo, 31 de maio de 2015

LOS ANGELES E FINAL DE VIAGEM!

Meus caros amigos!

Depois de alguns dias de silêncio, volto para fazer um balanço final.

Primeiro agradeço a todos aqueles que estiveram juntos durante a viagem e torceram para que tudo desse certo. E deu! (com a viagem!).

Completamos o trajeto de moto na sexta-feira, saindo de San Luis Obispo pela costa, passando por Santa Bárbara e chegando em Santa Mônica no mesmo ponto onde iniciamos nosso percurso pelo litoral até San Diego, no dia 09 de maio. Tirei uma foto com a moto naquele mesmo lugar em que tirei a primeira foto com a Triumph.

Meus caros foram exatas 3114 milhas na Triumph, o que equivale a 5.000 e poucos quilômetros. Some-se a isso mais cerca de 1200 milhas na Harley, que corresponde a aproximadamente 2.000 quilômetros. Foram, portanto, pouco mais de 7.000 quilômetros em 27 dias. Tivemos, ainda, neste ínterim, cerca de 1000 milhas, ou próximo de 1.600 quilômetro de carro.

Enfrentamos na moto chuva, vento (muito fortes em alguns momentos), neve, granizo e, claro que também sol e um pouco de calor. Vimos muitas coisas novas e diferentes. Apreciamos uma natureza exuberante e encontramos pessoas maravilhosas. O melhor de tudo, sem qualquer susto com a moto. Nenhuma queda, nenhuma ameaça de queda! Apesar da pista escorregadia em alguns momentos, não houve uma situação concreta de quase cair. Dificuldade e cansaço pela pilotagem em condições diversas e adversas ocorreram, mas perigo concreto nunca! A maior parte do tempo foi absolutamente relaxante.

A companhia do Caminha e da Rosinha foram definitivamente importante e prazerosa. 

Sobre os parques não há como escolher qual o melhor. Talvez se possa dizer que o mais impactante e bonito tenha sido o Grand Teton. Mas é só mesmo porque sempre se quer escolher algum. Poderíamos até dizer qualquer um certamente acertaríamos. Apesar do alto grau de expectativa, nenhuma decepção. Nem mesmo um ou outro trecho fechado no dia da visita tirou o encanto.

Sobre as cidades, claramente San Francisco foi a que mais encantou. 

No entanto, neste final de semana descobrir melhor Los Angeles, nos levou a pensar que talvez aqui devêssemos ficar alguns dias a mais. A sensação de que em menos de dois meses estaríamos adaptados por aqui. Descobri um site que modifica o olhar sobre o transporte coletivo de Los Angeles e vou confessar que testei hoje e concordo plenamente: é muito melhor do que se diz. Hoje andamos de ônibus em conexão com metrô e fizemos uma volta interessante na cidade.  Começamos cedo com uma proposital caminhada a título de exercício, já na direção do nosso primeiro alvo: Beverly Hills. De um momento em diante pegamos um ônibus e fomos até lá. Depois de um bom passeio e de almoçar no final da Rodeo Drive, apanhamos novo ônibus em direção ao centro. A certa altura optamos por continuar de metrô. Passeamos demoradamente pelo centro. Estivemos na Catedral, onde logo que chegamos começou um concerto com músicos de câmara e dois corais. Ficamos algum tempo assistindo o espetáculo em uma das igrejas mais bonitas que já conheci e que tem uma acústica notável. Do centro fomos, novamente via metrô até os estúdios da Universal e voltamos pela mesma linha ao hotel em Hollywood. 

A respeito das motos, já comentei que gostei muito da Harley, o que reforço aqui. Mas a grata surpresa foi a Triumph Tiger 800. Uma moto leve e fácil de fazer curva e manobrar em baixa velocidade. Apesar de não ter um bom equipamento de conforto, como a proteção da manopla e estar equipada com uma bolha baixa, a Heloisa disse ser a que melhor desempenhou no item regime de ventos. Eu também sofri muito pouco o efeito do vento no capacete. Econômica de com boa autonomia. Está aí uma moto que recomendo para a categoria de cilindradas médias. 

Preciso dizer que sai de casa sem qualquer resistência e com vontade mesmo de gostar dos Estados Unidos. E gostei (até acho que já disse). Quebrei alguns preconceitos meus, mas também constatei que algo difere um pouco, em alguns setores, das informações que tinha.

Primeiro gostei muito das pessoas que encontrei. Todas muito simpáticas e atenciosas. Sempre prontas a atender quem quer que seja e sempre com um sorriso que se antecipa à pergunta "como está você?". E é sincero. E eles valorizam que você também se interesse em saber deles. Individualmente, portanto, são fantásticos. Como povo (falo em coletivamente) reafirmei meu conceito (agora já não pré). Aliás, é preciso abrir um parêntese para dizer que talvez mais ninguém como eles tenhas clara noção da diferença entre individual e coletivo. É no coletivo, como disse, que eles não me convencem. Como povo respeitam uma ordem quase militar. Orgulham-se da ordem mantida na ameaça da punição. Acham normal a atividade policialesca do Estado. Sobre isto, fiquei estarrecido e chocado com a seguinte situação: vínhamos caminhando, a Heloisa e eu, quando um carro da polícia parou na nossa frente. Estava na calçada um cidadão sem camisa (estava bem quente), com características latinas e um outro, com jeito de ser americano (julgamento pelo estilo e pelo que aconteceu). Do carro desceram dois policiais, um imediatamente caminhou em direção ao muro e outro saiu pelo lado esquerdo do carro e veio pela rua em direção à calçada. Não detivemos o passo e passamos entre eles. Quando estávamos na frente do policial ele perguntou ao supostamente americano, este cidadão o está perturbando? e a resposta foi não. Mesmo assim (e eu tive que me virar para ver o que aconteceria), o policial imediatamente algemou o cidadão e iniciou uma revista sem qualquer conversa anterior, sem indicar uma acusação. Isso não é democrático nem na "maior democracia da américa" (assim mesmo! tudo minúsculo). O pior foi a normalidade do ato de todos que se encontravam por ali que nem sequer pararam para ver o que estava acontecendo.  Fui embora com mal estar. Hoje um carro foi abordado em uma transversal da Hollywood Bulevard e revistado assim sem maiores cerimônias e novamente a normalidade foi absoluta entre os passantes. 

Um segundo ponto que mudei concepções é com as estradas. Primeiro, porque me deparei com uma engenharia de tráfego absolutamente competente. Nos entornos das cidades há sempre anéis viários que chegam (quando no mesmo ponto tem entrada e saída de veículos) a ter mesmo cinco pistas (trechos curtos e somente nestas circunstâncias, porque a quinta pista é de entrada na rodovia e de obrigatória de saída dela). No mais sempre quatro pistas nos anéis viários. Esses anéis vão distribuído competentemente o trânsito em entradas diversas na cidade. Mesmo assim encontramos engarrafamentos expressivos e só não sofremos mais porque de moto trafeguei (depois que descobri que aqui também se tolera) pelo corredor entre os carros. Imagino sem essa solução muito bem concebida. Agora, fora desse entorno, por todas as estradas em que transitei, não existem mais do que duas pistas. Muitas duplicadas, mas muitas simples também. Assim, qualquer das estradas que transitei são normalmente duplicadas e as pistas aumentam na medida em que se aproximam de perímetros urbanos (médios e grandes). A qualidade do piso, no entanto, não corresponde a algumas informações que tinha. A expressão "é um tapete" não se confirma.  Talvez porque estando de moto, muitas vezes sente-se mais de perto as imperfeições. Não são estradas ruins, é preciso dizer, mas são (no quesito qualidade da pista de rolamento) da mesma qualidade das estradas do Brasil, da Argentina, do Uruguai e de tantos outros países onde já pilotei moto (e andei de carro também). Fiz questão de fotografar. Aliás, se bem olhadas algumas das fotos publicadas anteriormente já deixam claro o que estou falando. Ressalvo que também tenho amigos que por aqui viajaram e que já me afirmaram essa mesma impressão. Como a maioria me dizia o contrário terminei tendo uma expectativa maior.

Tudo isso que estou afirmando limita-se aos estados da California, Arizona, Nevada, Idaho, Alabama. Não falo pelos demais estados nos quais não trafeguei. É muito difícil falar-se de forma genérica de um País da dimensão dos Estados Unidos viajando por tão poucos estados. Já estive em outros, mas  neles nunca dirigi ou pilotei. Minha apreciação, portanto, é parcial. Mas neste espaço...

Enfim, queria deixar registradas algumas de minha impressões e mais uma vez agradecer a companhia. Ficou tarde e nem terei a possibilidade de publicar fotos. Talvez o faça no Brasil. Amanhã começaremos a voltar. 

Abraços e beijos para todos.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

CARMEL E PACIFIC SUL!

Caros amigos,

Ontem não publiquei nada em razão de ter sido um dia de pouca fotos e uma viagem por autopista para Carmel, para onde já havíamos ido pelo litoral.

De qualquer forma, saímos ontem de San Francisco após ainda um pequeno passeio no bairro Castro, lugar importante simbolicamente em razão de sua história na conquista de Direitos Civis, para eles, Direitos Fundamentais para nós.

Chegamos cedo a Carmel, fomos almoçar e depois gastamos o tempo passeando pela bela cidadezinha que tem como característica mais marcante o número expressivo de galerias de artes. Penso que, proporcionalmente, é o lugar de maior número delas que já visitei. Muitas obras lindas. Passear olhando as vitrines já vale a estada em Carmel.

Uma situação interessante, de um lado que não gosto deles, é que há uma praia que praticamente liga Monterrey e Carmel, que tem uma estrada privada (na costa do mar e por dentro do condomínio), que é livre para os condôminos, mas os demais automóveis devem pagar US$ 10,00 para passar. Pior, moto não é admitida nessa estrada. Só vendo!

Hoje saímos de Carmel, seguindo o sul, e viajamos pela Rota 1, conhecida também como "Pacific". Meus amigos que haviam passado aqui, tanto Narcísio e Dirlei, quanto Caminha e Rosiane, me haviam dito que a costa ficaria mais bonita ainda de Carmel para baixo. Efetivamente, o maior extensão de costa bonita que já conheci. Não diria a mais bonita, mas é a de maior extensão de costa bonita. 

Uma característica muito interessante, especialmente na região de Big Sur, é que você encontra o clima de mar junto com o clima de montanha. Não é só pela altitude, pois há vários lugares de costa com altitude, mas que não encontra o clima da montanha. É que aqui a presença de parques muito arborizados dão, com a altitude, o clima de montanha mesmo. 

Impossível narrar, como impossível fotografar toda a beleza. De um lado, a linda paisagem do mar, de outro, escarpas verdes impressionantes. Ao final deste trecho, quando a estrada se afasta um pouco do mar e quando já se está em menor altitude, entra-se em uma paisagem completamente diferente e igualmente bonita de colinas douradas e campos de criação de gado.

Resolvemos, nestes dois últimos dias, dividir a descida em duas etapas. Ao acaso optamos por San Luis Obispo para ficar hoje, um pouco por ser quase o meio do caminho, um pouco pelo acaso mesmo. Demos sorte. Além de seu também uma cidade fundada em missões, como São Luiz Gonzaga, e ter um centro histórico, ainda ocorre aqui todas as quintas-feira uma feira dos fazendeiros da região que é essencialmente gastronômica e de vendas de produtos rurais. Claro que, como todas as feiras, muito artesanato e músicos de rua fazem o espetáculo. Claro que jantamos costeletas de porco com alcachofras assadas e comemos de sobremesa morangos da região. Fizemos a festa! 

O pior é que pensamos que hoje já não seria mais possível fotografar nada uma vez que tiramos todas as fotos do dia e não ocorreria nada interessante no nosso passeio a noite. Perdemos de fotografar a feira e nosso jantar na feira. 

Algumas fotos entre as muitas que batemos hoje.

Abraços e beijos.














































terça-feira, 26 de maio de 2015

AINDA SAN FRANCISCO!

Caros amigos,

Conforme disse ainda hoje pela manhã, o dia foi mesmo de caminhar para lugar nenhum a priori combinado. No sentido do que disseram Narcisio e Dirlei no último comentário, foi dia para o Pier.

Antes de chegarmos no píer, estivemos na parte mais alta da cidade e de lá contemplamos toda a cidade. Depois passeamos e almoçamos no Fisherman's Wharf, mais precisamente na Boudin Sourdough. Novamente uma caminhada até o Mercado do Pier 1, Rua do Mercado e de volta ao hotel.

Ao chegarmos ao hotel fomos surpreendidos com um convite para um coquetel de queijos e vinhos. Apreciamos um branco e um tinto, novamente de Napa.

Agora começamos a preparar as malas para deixar o hotel amanhã e depois jantar. Fica em San Francisco uma vontade de ficar mais.

Apesar de não estar no plano tirar fotos, algumas sempre terminam acontecendo. Seguem então algumas.

Abraços e beijos.