Estou me adiantando para fazer a publicação em virtude de possível notícia no Brasil das catástrofes se abateram sobre regiões em que havíamos passado há pouco tempo. Aquela chuva que noticiei e relatei circunstanciadamente pelas condições lisas da pista e que começou quando saíamos de Almeria se intensificou de tal forma que matou pessoas, destruiu plantações, cortou estradas e derrubou casas. Inclusive aquela que noticiei ontem e até publiquei uma foto para que vocês tivessem noção era parte da quela que arrasou o interior de Málaga. Aliás, a Heloisa é que não quis passar em Málaga e região porque já conhecíamos e não valia a pena em virtude do intenso trânsito que enfrentaríamos. Fomos salvos de aborrecimentos por isso. São impressionantes a imagens que passam na televisão por aqui. É como se tivesse ocorrido um tsunami, porque a onda de água surgiu do nada e já veio levando tudo o que havia pela frente.
Bem, mas o que importa é noticiar que hoje já estamos em Beja, Portugal, e aqui o tempo começa a abrir. Quando saímos de Cádiz estava chovendo leve mas logo parou. Passamos em Sevilla já sem Chuva, mas com o tempo fechado. Todo o trajeto foi com as roupas de chuva e em alguns trechos pegamos alguma garoa. Mas foi só. O outono chegou na Europa bem no dia marcado. As temperaturas já estão mais baixas e o sol já não é tão abundante. Amanhã seguimos para região de mar e depois decidiremos o que fazer.
Saudade ainda mais intensa.
sábado, 29 de setembro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Cadiz e região.
Hoje amanheceu chovendo. Para não perder a viagem e deixar de ver alguns pontos interessantes na região, resolvemos alugar um carro e fazer um tour "mais abrigados". Saímos na direção de Tarifa e passamos inicialmente por Verjer de La Frontera, depois Barbate, Zahara de los Atunes, Playa e Bolonia e Tarifa. Almoçamos em Tarifa, passeamos pela cidade e voltamos por Medina de Soria, finalizando o recorrido em Chiclana de La Frontera. Voltamos a Cadiz, devolvemos o carro e ainda fizemos um bom recorrido a pé.
Hoje realizei um sonho, que era fazer de moto o recorrido do Mediterrâneo. Chegando a Tarifa todo o trecho entre Via Reggio e Tarifa (onde termina - ou começa - o Mediterrâneo) ficou completo. Considerando o que fiz de carro, o circuito entre Pestum e Tarifa está completo.
Como hoje não tenho muito relato da viagem, vou contar finalmente a história das fotos que mencionei que um dia contaria no relato de Valencia. O que ocorreu foi o seguinte: Já que tinha comprado uma máquina totalmente a prova de bala, tiro, água, pó, neve, canivete, quedas e outros incidentes para levar para a Islândia, terminei gostando da brincadeira e passei a achar que minha máquina era ótima mas tinha pouco ângulo de abertura. Por isso, em Lisboa, seguindo a mesma senda, me entreguei para os Paraguaios, e terminei comprando a máquina da moda, porque serve para todos os esportes e tem suporte até para colocar na raquete de tênis (rs). Excelente abertura, muitas regulagens (embora eu não tenha familiaridade com isso tudo) e fácil de bater. A grande vantagem, como não comprei a tela de LDC não sei o que está enquadrado e não posso ver imediatamente a foto que tirei, só no computador mais tarde, e assim não fico batendo a foto e olhando como ficou. Essa máquina vem com uma caixa estanque para fotos em profundidade de até 60 metros e uma tampa traseira que pode ser substituída por uma aberta para captação audio quando no modo filmagem. Em algumas trocas de temperatura a caixa hermeticamente fechada termina por criar efeito de embaçar a lente da caixa, daí porque resolvi usar algumas vezes a tampa aberta. Vocês devem ter notado que na fotos de Noli tirei duas fotos com efeito especial, parte da lente na água e parte fora, claro que com a tampa de fechamento hermético. Eu achei algumas fotos muito boas e me entusiasmei. Estava caminhando por Valencia e disse para a Heloisa que iria comprar uma máquina profissional, com as lentes que fossem necessárias e iria para Porto Alegre para ficar a disposição da Cristina para que ele me desse um curso completo e, então, passaria a ter como passatempo a fotografia artística. Nem dez minutos depois, na frente do Hemisfério (aquele prédio que parece um olho) resolvi tirar uma foto com novo efeito especial. Como há ali um espelho d'água, mergulhei a máquina para fazer o mesmo efeito de Noli. Ocorre que a tampa traseira era a aberta... A máquina piscou todas as luzes e apagou de vez... Acabava ali minha carreira de fotógrafo artístico! Um camarada que consegue "afogar" em um espelho d'água uma máquina concebida para resistir 6 atmosfera é pior do que aquele que derruba uma máquina do parapente (certo, Carlos Eduardo?).
A boa notícia é de que depois de muito secador de cabelo, de muitas rezas, mandingas, torcidas e outros procedimentos menos científicos, ela voltou a funcionar. Mas depois de Almeria. Hoje vou tentar postar algumas fotos tiradas com a máquina rediviva.
Saudade de todos.
Hoje realizei um sonho, que era fazer de moto o recorrido do Mediterrâneo. Chegando a Tarifa todo o trecho entre Via Reggio e Tarifa (onde termina - ou começa - o Mediterrâneo) ficou completo. Considerando o que fiz de carro, o circuito entre Pestum e Tarifa está completo.
Como hoje não tenho muito relato da viagem, vou contar finalmente a história das fotos que mencionei que um dia contaria no relato de Valencia. O que ocorreu foi o seguinte: Já que tinha comprado uma máquina totalmente a prova de bala, tiro, água, pó, neve, canivete, quedas e outros incidentes para levar para a Islândia, terminei gostando da brincadeira e passei a achar que minha máquina era ótima mas tinha pouco ângulo de abertura. Por isso, em Lisboa, seguindo a mesma senda, me entreguei para os Paraguaios, e terminei comprando a máquina da moda, porque serve para todos os esportes e tem suporte até para colocar na raquete de tênis (rs). Excelente abertura, muitas regulagens (embora eu não tenha familiaridade com isso tudo) e fácil de bater. A grande vantagem, como não comprei a tela de LDC não sei o que está enquadrado e não posso ver imediatamente a foto que tirei, só no computador mais tarde, e assim não fico batendo a foto e olhando como ficou. Essa máquina vem com uma caixa estanque para fotos em profundidade de até 60 metros e uma tampa traseira que pode ser substituída por uma aberta para captação audio quando no modo filmagem. Em algumas trocas de temperatura a caixa hermeticamente fechada termina por criar efeito de embaçar a lente da caixa, daí porque resolvi usar algumas vezes a tampa aberta. Vocês devem ter notado que na fotos de Noli tirei duas fotos com efeito especial, parte da lente na água e parte fora, claro que com a tampa de fechamento hermético. Eu achei algumas fotos muito boas e me entusiasmei. Estava caminhando por Valencia e disse para a Heloisa que iria comprar uma máquina profissional, com as lentes que fossem necessárias e iria para Porto Alegre para ficar a disposição da Cristina para que ele me desse um curso completo e, então, passaria a ter como passatempo a fotografia artística. Nem dez minutos depois, na frente do Hemisfério (aquele prédio que parece um olho) resolvi tirar uma foto com novo efeito especial. Como há ali um espelho d'água, mergulhei a máquina para fazer o mesmo efeito de Noli. Ocorre que a tampa traseira era a aberta... A máquina piscou todas as luzes e apagou de vez... Acabava ali minha carreira de fotógrafo artístico! Um camarada que consegue "afogar" em um espelho d'água uma máquina concebida para resistir 6 atmosfera é pior do que aquele que derruba uma máquina do parapente (certo, Carlos Eduardo?).
A boa notícia é de que depois de muito secador de cabelo, de muitas rezas, mandingas, torcidas e outros procedimentos menos científicos, ela voltou a funcionar. Mas depois de Almeria. Hoje vou tentar postar algumas fotos tiradas com a máquina rediviva.
Saudade de todos.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
De Almeria até Cádiz
Meus caros,
Do ponto de vista da pilotagem hoje foi um dia complicado. Hoje pela manhã exatamente quando terminei de carregar a moto e dar partida para sair caíram os primeiros pingos de chuvas. Novas aberturas de baús e retirada das roupas de chuva. Terminado o procedimento a chuva já estava instalada. O problema é que a chuva, então, não era daquelas que lava a estrada, mas aquela que somente molha o piso e como a região estava sem chuva há muitos meses e o asfalto sujo daquela terra arenosa a pista ficou muito escorregadia. Para que tenham a idéia de como estavam as coisas, na primeira rota que precisei parar (a primeira que encontrei no dia) quase cai porque meu pé escorregou. Exatamente nesse momento, o carro golf pelo qual parei na rota escorregou nas quatro rodas e atravessou na pista em um meio cavalo-de-pau. Ocorreram uma série de frenagens com arrastos e nós assistindo a cena na "Camara +". Resolvida a situação do trânsito na nossa frente, seguimos na ponta dos dedos durante quase todo o trajeto. Mais adiante, cerca de 300 km depois um X5 da BMW, com tração 4x4 integral, escorregou nas quatro rodas e acavalou em uma daquelas canaletas ao lado da estrada, e ficou por lá. A situação melhorou um pouco quando, cerca de 85 km antes de Cádiz passou a chover forte e lavou a estrada. Quando chegamos a Cádiz, no entanto, parecia que cairia toda a chuva do ano naquele momento. Mas chegamos bem e estamos felizes no hotel, esperando para saber se poderemos permanecer aqui amanhã.
Mas nem tudo foi complicação. Em viagens deste tipo há sempre boas surpresas. Cerca de 50 km após sair de Almeria, deixamos para trás a imagem daquelas plantações tão bem descritas no comentário da Solange à publicação ontem. Por vezes aquelas imagens, Solange, dão uma má impressão porque lembram muito aquelas imagens de campos de refugiados... Mas, como disse, deixamos aquelas imagens (que só voltariam a ocorrera raramente bem mais adiante) e entramos no Deserto de Taverna. Uma paisagem que lembra um pouco o Atacama, mas com outra conformação e da mesma forma bonita. Depois passamos por dentro de boa parte da lendária Sierra Nevada (um dos pontos mais procurados para esqui na Espanha). A partir desse momento passamos a conviver com um aroma muito interessante (apesar de que agora, Paulo Cezar, o capacete estava fechado). Para que tenham noção do aroma, lembrem quando se entra naquelas casas que vendem chás com aromas ou, quem sabe, um bom fumo de narguilé.
Passamos também por campos nos quais a colheita ocorreu a pouco tempo, de uma planta dourada, quase como a cor do capim dourado. Por fim, depois de Granada alguns campos de plantações verdes, um pouco de uma planta usada como funcho, outras com eucaliptos. Enfim, uma variedade de aromas e cores bastante interessantes.
Muito próximo do Parque Natural da Sierra Nevada encontramos o maior parque que já vimos de energia alternativa. Centenas de cataventos e talvez milhares de placas de captação ede energia solar e, pelo menos, três de "usinas"(não sei se esse é o nome) de armanezadoras e distribuidoras dessas energias. Incrível!
Próximo de Villamartin e Arcos de la Frontera entramos na região dos "Pueblos Blancos", seja pela cor das casa, seja pelas grandes plantações de algodão.
Tentei uma foto de Olvera e vou tentar publicar, mas verão que a chuva prejudicou um pouco a imagem. Aliás, hoje foi um dia de poucas fotos exatamente por isso. Vou tentar compensar com algumas anteriores.
Do ponto de vista da pilotagem hoje foi um dia complicado. Hoje pela manhã exatamente quando terminei de carregar a moto e dar partida para sair caíram os primeiros pingos de chuvas. Novas aberturas de baús e retirada das roupas de chuva. Terminado o procedimento a chuva já estava instalada. O problema é que a chuva, então, não era daquelas que lava a estrada, mas aquela que somente molha o piso e como a região estava sem chuva há muitos meses e o asfalto sujo daquela terra arenosa a pista ficou muito escorregadia. Para que tenham a idéia de como estavam as coisas, na primeira rota que precisei parar (a primeira que encontrei no dia) quase cai porque meu pé escorregou. Exatamente nesse momento, o carro golf pelo qual parei na rota escorregou nas quatro rodas e atravessou na pista em um meio cavalo-de-pau. Ocorreram uma série de frenagens com arrastos e nós assistindo a cena na "Camara +". Resolvida a situação do trânsito na nossa frente, seguimos na ponta dos dedos durante quase todo o trajeto. Mais adiante, cerca de 300 km depois um X5 da BMW, com tração 4x4 integral, escorregou nas quatro rodas e acavalou em uma daquelas canaletas ao lado da estrada, e ficou por lá. A situação melhorou um pouco quando, cerca de 85 km antes de Cádiz passou a chover forte e lavou a estrada. Quando chegamos a Cádiz, no entanto, parecia que cairia toda a chuva do ano naquele momento. Mas chegamos bem e estamos felizes no hotel, esperando para saber se poderemos permanecer aqui amanhã.
Mas nem tudo foi complicação. Em viagens deste tipo há sempre boas surpresas. Cerca de 50 km após sair de Almeria, deixamos para trás a imagem daquelas plantações tão bem descritas no comentário da Solange à publicação ontem. Por vezes aquelas imagens, Solange, dão uma má impressão porque lembram muito aquelas imagens de campos de refugiados... Mas, como disse, deixamos aquelas imagens (que só voltariam a ocorrera raramente bem mais adiante) e entramos no Deserto de Taverna. Uma paisagem que lembra um pouco o Atacama, mas com outra conformação e da mesma forma bonita. Depois passamos por dentro de boa parte da lendária Sierra Nevada (um dos pontos mais procurados para esqui na Espanha). A partir desse momento passamos a conviver com um aroma muito interessante (apesar de que agora, Paulo Cezar, o capacete estava fechado). Para que tenham noção do aroma, lembrem quando se entra naquelas casas que vendem chás com aromas ou, quem sabe, um bom fumo de narguilé.
Passamos também por campos nos quais a colheita ocorreu a pouco tempo, de uma planta dourada, quase como a cor do capim dourado. Por fim, depois de Granada alguns campos de plantações verdes, um pouco de uma planta usada como funcho, outras com eucaliptos. Enfim, uma variedade de aromas e cores bastante interessantes.
Muito próximo do Parque Natural da Sierra Nevada encontramos o maior parque que já vimos de energia alternativa. Centenas de cataventos e talvez milhares de placas de captação ede energia solar e, pelo menos, três de "usinas"(não sei se esse é o nome) de armanezadoras e distribuidoras dessas energias. Incrível!
Próximo de Villamartin e Arcos de la Frontera entramos na região dos "Pueblos Blancos", seja pela cor das casa, seja pelas grandes plantações de algodão.
Tentei uma foto de Olvera e vou tentar publicar, mas verão que a chuva prejudicou um pouco a imagem. Aliás, hoje foi um dia de poucas fotos exatamente por isso. Vou tentar compensar com algumas anteriores.
Museu de motos antigas |
Moto com sidecar de que falei ontem |
El Castell de Guadalest |
Vista desde El Castell de Gadalest |
Alicante |
Montanhas de sal nas salinas de Cartagena |
Cartagena |
Alicante |
Alicante |
Olvera |
Tentativa de fotografar "usinas" e placas solares, mas... |
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
De Valencia para Alicante e Almeria.
Ontem, em razão de um provável grão de areia por conta do capacete aberto, tive um problema no olho e não tive condições de escrever. Hoje relato um pouco mais que de costume.
Primeiro, ao sair de Valencia, o dia parecia não prometer muito. Estávamos saindo Costa Dourada para a Costa Branca e, mesmo que eu goste mais desta do que daquela, já a conhecia suficiente para não alimentar grandes esperanças. Além disso, bem na porta do hotel o GPS resolveu dar pane (parece que não queria sair de Valencia) e simplesmente apagou. Como plano b, tinha o meu GPS do qual não me aparto assim no mais. Um suporte de automóvel e um barbante que também sempre levo, foram os apetrechos para seguir viagem. A posição do novo GPS não ficou das melhores e dificultou a leitura. Além do mais, como ele está servindo de GPS auxiliar para programar rotas, estava com pouca bateria. A solução, retirar o mapa do top case e transformar a Heloisa na "raquel". Valeu a pena. A Heloisa encontrou uma rota recomendada pela Michelin e seguimos o caminho de um lugar chamado El Castell de Guardalest.
A estrada já valeu a pena. Subimos cerca de 1000 metros e de lá víamos todo o vale com Benidorm na costa do mar. E, principalmente, o mar azul do mediterrâneo. Seis quilômetros antes de chegarmos en El Castell havia um museu de motos antigas. Obviamente paramos aí e encontramos uma exposição de cento e tantas motos todas antigas e muito bem restauradas e cuidadas. Parece que o cidadão que criou o museu e que é o mesmo que arruma, conserva, cobra a entrada e conversa contando a história de cada moto, não sai de dentro daquele espaço. Uma beleza rara. Mas o melhor ainda estaria por vir. Esse mesmo cidadão é dono de um restaurante que fica próximo. Como já passava de 14,00 horas resolvemos almoçar ali. O restaurante era muito simples, mas nos animou a quantidade de mesas reservadas. "El fogon" na frente fazia muita fumaça, mas o aroma dos grelhados, era uma promessa e tanto. Entre vários grelhados havia "Codornices" na brasa. Eram perdizes de caça, permitida na região. Por um momento me senti almoçando com o pai, Tio Zá, Totonho, Paulo Maurer, Danilo Seinthenfuss, Jorge Maurer e todos os caçadores da cepa de São Borja e Itaroquem. A refeição da viagem.
Ainda no mesmo museu-restaurantes encontramos um francês que mora tem um hotel em Chamonix. Estava viajando com uma BMW 1200 com sidecar (que beleza de sidecar) com mulher e um filho de mais ou menos seis meses. Casal simpático e de boa conversa.
Visitado El Castell seguimos para o litoral e fomos para Alicante em via secundária.
Alicante é um lugar que eu sempre gosto muito de estar. Paramos, inclusive, em hotel no qual normalmente paro. Não liguei para ninguém, até porque praticamente toda "a base aliada" está nestes dias em atividade na UNIVALI, em Itajaí.
Ontem foi dia de grandes emoções gastronômicas, porque o jantar foi no indefectível Darsena. O arroz maravilhoso de sempre.
Hoje saímos pela Costa Branca até Cartagena. Depois de Cartagena entramos na Costa do Sol em direção a Almeria, onde estamos agora. Este trecho eu não conhecia e fiquei muito surpreso. Uma paisagem completamente diferente. Seguimos novamente uma indicação de Michelin. Entre Águila e Garrucha, passamos por algo assim como se fosse a superfície lunar ao largo do mar. Fenomenal!
Gostaria de contar muito mais, sobre as cidades, sobre as plantações de fumo, de laranja e verduras desde antes de Valencia até próximo de Cartagena. Sobre a estranha cultura agrícola encontrada entre Cartagena e Almeria. Sobre as cidades. Mas tudo isso daria um livro e desistimularia qualquer leitura em blog. Silencio, então.
Talvez a saudade seja a causa de tanta vontade de escrever...
Fico devendo fotos... Amanhã tento compensar.
Primeiro, ao sair de Valencia, o dia parecia não prometer muito. Estávamos saindo Costa Dourada para a Costa Branca e, mesmo que eu goste mais desta do que daquela, já a conhecia suficiente para não alimentar grandes esperanças. Além disso, bem na porta do hotel o GPS resolveu dar pane (parece que não queria sair de Valencia) e simplesmente apagou. Como plano b, tinha o meu GPS do qual não me aparto assim no mais. Um suporte de automóvel e um barbante que também sempre levo, foram os apetrechos para seguir viagem. A posição do novo GPS não ficou das melhores e dificultou a leitura. Além do mais, como ele está servindo de GPS auxiliar para programar rotas, estava com pouca bateria. A solução, retirar o mapa do top case e transformar a Heloisa na "raquel". Valeu a pena. A Heloisa encontrou uma rota recomendada pela Michelin e seguimos o caminho de um lugar chamado El Castell de Guardalest.
A estrada já valeu a pena. Subimos cerca de 1000 metros e de lá víamos todo o vale com Benidorm na costa do mar. E, principalmente, o mar azul do mediterrâneo. Seis quilômetros antes de chegarmos en El Castell havia um museu de motos antigas. Obviamente paramos aí e encontramos uma exposição de cento e tantas motos todas antigas e muito bem restauradas e cuidadas. Parece que o cidadão que criou o museu e que é o mesmo que arruma, conserva, cobra a entrada e conversa contando a história de cada moto, não sai de dentro daquele espaço. Uma beleza rara. Mas o melhor ainda estaria por vir. Esse mesmo cidadão é dono de um restaurante que fica próximo. Como já passava de 14,00 horas resolvemos almoçar ali. O restaurante era muito simples, mas nos animou a quantidade de mesas reservadas. "El fogon" na frente fazia muita fumaça, mas o aroma dos grelhados, era uma promessa e tanto. Entre vários grelhados havia "Codornices" na brasa. Eram perdizes de caça, permitida na região. Por um momento me senti almoçando com o pai, Tio Zá, Totonho, Paulo Maurer, Danilo Seinthenfuss, Jorge Maurer e todos os caçadores da cepa de São Borja e Itaroquem. A refeição da viagem.
Ainda no mesmo museu-restaurantes encontramos um francês que mora tem um hotel em Chamonix. Estava viajando com uma BMW 1200 com sidecar (que beleza de sidecar) com mulher e um filho de mais ou menos seis meses. Casal simpático e de boa conversa.
Visitado El Castell seguimos para o litoral e fomos para Alicante em via secundária.
Alicante é um lugar que eu sempre gosto muito de estar. Paramos, inclusive, em hotel no qual normalmente paro. Não liguei para ninguém, até porque praticamente toda "a base aliada" está nestes dias em atividade na UNIVALI, em Itajaí.
Ontem foi dia de grandes emoções gastronômicas, porque o jantar foi no indefectível Darsena. O arroz maravilhoso de sempre.
Hoje saímos pela Costa Branca até Cartagena. Depois de Cartagena entramos na Costa do Sol em direção a Almeria, onde estamos agora. Este trecho eu não conhecia e fiquei muito surpreso. Uma paisagem completamente diferente. Seguimos novamente uma indicação de Michelin. Entre Águila e Garrucha, passamos por algo assim como se fosse a superfície lunar ao largo do mar. Fenomenal!
Gostaria de contar muito mais, sobre as cidades, sobre as plantações de fumo, de laranja e verduras desde antes de Valencia até próximo de Cartagena. Sobre a estranha cultura agrícola encontrada entre Cartagena e Almeria. Sobre as cidades. Mas tudo isso daria um livro e desistimularia qualquer leitura em blog. Silencio, então.
Talvez a saudade seja a causa de tanta vontade de escrever...
Fico devendo fotos... Amanhã tento compensar.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Curtindo Valência
Hoje foi dia sem moto para curtir valência. Eu considero, e agora a Heloisa também adere, que Valência é uma das cidades mais interessantes da Espanha. Encontra-se aqui um enorme patrimônio arquitetônico, com vestígios ainda dos períodos romano e muçulmano, e outros decorrente das diversas "ondas" de prosperidade que o reino e, na sequência, a comunidade valenciana, viveu e que convivem com um conjunto de prédios modernos e de muito bom gosto. Por isso, é possível fazer-se vários passeios olhando a cidade sob diversos aspectos.
Também chama a atenção o fato de eles terem canalizado o Rio Turia, que corta a cidade, e construído no antigo leito um dos maiores parques que já conheci. Em parte dessa área é que se encontram o Palácio das Artes, o Hemisfério, O Museu das Ciências e o Oceanográfico. Esse prédios, para além da óbvia utilidade de cada um, chamam a atenção pela própria concepção arquitetônica de cada um.
Amanhã cedo partiremos, mas com uma vontade de ficar muitos dias mais por aqui.
As fotos de hoje, são só para não dizer que não publiquei nada. Um dia conto a razão...
Também chama a atenção o fato de eles terem canalizado o Rio Turia, que corta a cidade, e construído no antigo leito um dos maiores parques que já conheci. Em parte dessa área é que se encontram o Palácio das Artes, o Hemisfério, O Museu das Ciências e o Oceanográfico. Esse prédios, para além da óbvia utilidade de cada um, chamam a atenção pela própria concepção arquitetônica de cada um.
Amanhã cedo partiremos, mas com uma vontade de ficar muitos dias mais por aqui.
As fotos de hoje, são só para não dizer que não publiquei nada. Um dia conto a razão...
domingo, 23 de setembro de 2012
Valencia
Meus caros,
Desde que saímos de Nimes os dias têm se apresentado nublado, com a sensação de que já vai chover, mas quando se aproxima de 11,00 horas abre um sol e esquenta muito. Agora, após o retorno para a Espenha, como era de se esperar, as noites têm sido bastante quentes. Só com ar condicionado para dormir bem.
A estratégia da viagem se mostrou acertada quando resolvemos inverter o trajeto, vez que a programação era iniciar pelo sul e voltar pelo norte. Agora que começa a esfriar na parte mais próxima do norte, estamos enfrentando um calor gostoso da metade sul da Espanha.
Hoje saímos por volta de 10,00 horas de Tarragona, passando na saída pelo seu parque industrial, que é fabuloso. Aliás, durante todo o trajeto a paisagem foi misturada com agradáveis vistas da Costa Dourada com áreas industriais de grande porte. Nas proximidades de Valência estas últimas são preponderantes.
Durante o percurso demos uma parada me Calafat, pois estava ocorrendo uma corrida de moto velocidade na pista local. Deu tempo de assistir parte de uma bateria.
A parte mais interessante do trajeto foi conhecer o Parque Natural do Delta do Rio Ebro, o mais caudaloso da Península Ibérica e um dos mais importantes da Espanha. O delta, então, é assombroso Viajamos muito tempo por dentro da área do delta até chegar no lugar chamado Desembocadura. Embora um parque "natural" foi a maior plantação de arroz que já vi. Aliás, a visão se insere com precisão no conceito de formidável: bonito mas espantoso ao mesmo tempo. A plantação é muito bonita. Agora é espantoso ver um parque natural (que eles anunciam inexplorado) com plantações de arroz até no vaso de flores das empresas agrícolas que exploram o local. Plantada no meio do banhado do delta uma enorme indústria de beneficiamento. Naquele trecho do delta o rio não conhece mata ciliar. Começo a entender a sustentabilidade (a entender, compreenderam?): é o neoliberalismo querendo apropriar-se do meio-ambiente com falácia intelectual... Pelo menos um seguidor sabe a que estou me referindo... (rs), mas os outros podem compreender o sentido amplo da afirmação.
Chegamos a Valencia no final da tarde e ficaremos até terça. Amanhã é dia sem moto dedicado a explorar Valência.
A saudade deu mais uma volta de aperto...
Desde que saímos de Nimes os dias têm se apresentado nublado, com a sensação de que já vai chover, mas quando se aproxima de 11,00 horas abre um sol e esquenta muito. Agora, após o retorno para a Espenha, como era de se esperar, as noites têm sido bastante quentes. Só com ar condicionado para dormir bem.
A estratégia da viagem se mostrou acertada quando resolvemos inverter o trajeto, vez que a programação era iniciar pelo sul e voltar pelo norte. Agora que começa a esfriar na parte mais próxima do norte, estamos enfrentando um calor gostoso da metade sul da Espanha.
Hoje saímos por volta de 10,00 horas de Tarragona, passando na saída pelo seu parque industrial, que é fabuloso. Aliás, durante todo o trajeto a paisagem foi misturada com agradáveis vistas da Costa Dourada com áreas industriais de grande porte. Nas proximidades de Valência estas últimas são preponderantes.
Durante o percurso demos uma parada me Calafat, pois estava ocorrendo uma corrida de moto velocidade na pista local. Deu tempo de assistir parte de uma bateria.
A parte mais interessante do trajeto foi conhecer o Parque Natural do Delta do Rio Ebro, o mais caudaloso da Península Ibérica e um dos mais importantes da Espanha. O delta, então, é assombroso Viajamos muito tempo por dentro da área do delta até chegar no lugar chamado Desembocadura. Embora um parque "natural" foi a maior plantação de arroz que já vi. Aliás, a visão se insere com precisão no conceito de formidável: bonito mas espantoso ao mesmo tempo. A plantação é muito bonita. Agora é espantoso ver um parque natural (que eles anunciam inexplorado) com plantações de arroz até no vaso de flores das empresas agrícolas que exploram o local. Plantada no meio do banhado do delta uma enorme indústria de beneficiamento. Naquele trecho do delta o rio não conhece mata ciliar. Começo a entender a sustentabilidade (a entender, compreenderam?): é o neoliberalismo querendo apropriar-se do meio-ambiente com falácia intelectual... Pelo menos um seguidor sabe a que estou me referindo... (rs), mas os outros podem compreender o sentido amplo da afirmação.
Chegamos a Valencia no final da tarde e ficaremos até terça. Amanhã é dia sem moto dedicado a explorar Valência.
A saudade deu mais uma volta de aperto...
sábado, 22 de setembro de 2012
Taragona
Hoje saímos de Figueres (ou Figuera em espanhol) por volta de 10,00 horas.O trecho foi curto, pois somente queríamos passar ao largo de Barcelona. Por isso, viajamos por auto pista até pouco depois da entrada para Barcelona, em San Sadurni da Noia, onde ficam as grandes vinícolas de cave. Depois disso, saímos para estradas secundárias para viajar por boa parte da Costa Dourada. Amanhã continuaremos nela. A nossa sorte, embora não surpresa porque já tínhamos visto antes na internet, começa hoje e dura três dias uma grande festa em Tarragona. É a festa da padroeira da cidade, Santa Tecla. Ainda bem que não é daquelas que tem touro pela cidade. A atração principal são as famosas torres humanas. Portanto, não é festa com toureiro, mas com torreiro (desculpem, mas não resisti!). Agora vamos descansar para enfrentar a festa no período da noite. Na volta, se for possível, conto mais e publico fotos.
Meus amigos, a festa daqui é mesmo maravilhosa. Uma multidão que não tem mais fim. Não há qualquer diferença entre velhos, crianças, deficientes e qualquer outra pessoa. Todos estão na rua e se divertem da sua maneira. Há um baile na rambla e é interessante ver as pessoas se arrumarem como se fossem para um baile de gala para dançar no espaço público.
Meus amigos, a festa daqui é mesmo maravilhosa. Uma multidão que não tem mais fim. Não há qualquer diferença entre velhos, crianças, deficientes e qualquer outra pessoa. Todos estão na rua e se divertem da sua maneira. Há um baile na rambla e é interessante ver as pessoas se arrumarem como se fossem para um baile de gala para dançar no espaço público.
Monumento em homenagem aos participantes das pirâmides humanas - Tradição na festa de Santa Tecla |
Assinar:
Postagens (Atom)