Meus caros,
Do ponto de vista da pilotagem hoje foi um dia complicado. Hoje pela manhã exatamente quando terminei de carregar a moto e dar partida para sair caíram os primeiros pingos de chuvas. Novas aberturas de baús e retirada das roupas de chuva. Terminado o procedimento a chuva já estava instalada. O problema é que a chuva, então, não era daquelas que lava a estrada, mas aquela que somente molha o piso e como a região estava sem chuva há muitos meses e o asfalto sujo daquela terra arenosa a pista ficou muito escorregadia. Para que tenham a idéia de como estavam as coisas, na primeira rota que precisei parar (a primeira que encontrei no dia) quase cai porque meu pé escorregou. Exatamente nesse momento, o carro golf pelo qual parei na rota escorregou nas quatro rodas e atravessou na pista em um meio cavalo-de-pau. Ocorreram uma série de frenagens com arrastos e nós assistindo a cena na "Camara +". Resolvida a situação do trânsito na nossa frente, seguimos na ponta dos dedos durante quase todo o trajeto. Mais adiante, cerca de 300 km depois um X5 da BMW, com tração 4x4 integral, escorregou nas quatro rodas e acavalou em uma daquelas canaletas ao lado da estrada, e ficou por lá. A situação melhorou um pouco quando, cerca de 85 km antes de Cádiz passou a chover forte e lavou a estrada. Quando chegamos a Cádiz, no entanto, parecia que cairia toda a chuva do ano naquele momento. Mas chegamos bem e estamos felizes no hotel, esperando para saber se poderemos permanecer aqui amanhã.
Mas nem tudo foi complicação. Em viagens deste tipo há sempre boas surpresas. Cerca de 50 km após sair de Almeria, deixamos para trás a imagem daquelas plantações tão bem descritas no comentário da Solange à publicação ontem. Por vezes aquelas imagens, Solange, dão uma má impressão porque lembram muito aquelas imagens de campos de refugiados... Mas, como disse, deixamos aquelas imagens (que só voltariam a ocorrera raramente bem mais adiante) e entramos no Deserto de Taverna. Uma paisagem que lembra um pouco o Atacama, mas com outra conformação e da mesma forma bonita. Depois passamos por dentro de boa parte da lendária Sierra Nevada (um dos pontos mais procurados para esqui na Espanha). A partir desse momento passamos a conviver com um aroma muito interessante (apesar de que agora, Paulo Cezar, o capacete estava fechado). Para que tenham noção do aroma, lembrem quando se entra naquelas casas que vendem chás com aromas ou, quem sabe, um bom fumo de narguilé.
Passamos também por campos nos quais a colheita ocorreu a pouco tempo, de uma planta dourada, quase como a cor do capim dourado. Por fim, depois de Granada alguns campos de plantações verdes, um pouco de uma planta usada como funcho, outras com eucaliptos. Enfim, uma variedade de aromas e cores bastante interessantes.
Muito próximo do Parque Natural da Sierra Nevada encontramos o maior parque que já vimos de energia alternativa. Centenas de cataventos e talvez milhares de placas de captação ede energia solar e, pelo menos, três de "usinas"(não sei se esse é o nome) de armanezadoras e distribuidoras dessas energias. Incrível!
Próximo de Villamartin e Arcos de la Frontera entramos na região dos "Pueblos Blancos", seja pela cor das casa, seja pelas grandes plantações de algodão.
Tentei uma foto de Olvera e vou tentar publicar, mas verão que a chuva prejudicou um pouco a imagem. Aliás, hoje foi um dia de poucas fotos exatamente por isso. Vou tentar compensar com algumas anteriores.
 |
Museu de motos antigas |
 |
Moto com sidecar de que falei ontem |
 |
El Castell de Guadalest |
 |
Vista desde El Castell de Gadalest |
 |
Alicante |
 |
Montanhas de sal nas salinas de Cartagena |
 |
Cartagena |
 |
Alicante |
 |
Alicante |
 |
Olvera |
 |
Tentativa de fotografar "usinas" e placas solares, mas... |
Nenhum comentário:
Postar um comentário