Hoje amanheceu chovendo. Para não perder a viagem e deixar de ver alguns pontos interessantes na região, resolvemos alugar um carro e fazer um tour "mais abrigados". Saímos na direção de Tarifa e passamos inicialmente por Verjer de La Frontera, depois Barbate, Zahara de los Atunes, Playa e Bolonia e Tarifa. Almoçamos em Tarifa, passeamos pela cidade e voltamos por Medina de Soria, finalizando o recorrido em Chiclana de La Frontera. Voltamos a Cadiz, devolvemos o carro e ainda fizemos um bom recorrido a pé.
Hoje realizei um sonho, que era fazer de moto o recorrido do Mediterrâneo. Chegando a Tarifa todo o trecho entre Via Reggio e Tarifa (onde termina - ou começa - o Mediterrâneo) ficou completo. Considerando o que fiz de carro, o circuito entre Pestum e Tarifa está completo.
Como hoje não tenho muito relato da viagem, vou contar finalmente a história das fotos que mencionei que um dia contaria no relato de Valencia. O que ocorreu foi o seguinte: Já que tinha comprado uma máquina totalmente a prova de bala, tiro, água, pó, neve, canivete, quedas e outros incidentes para levar para a Islândia, terminei gostando da brincadeira e passei a achar que minha máquina era ótima mas tinha pouco ângulo de abertura. Por isso, em Lisboa, seguindo a mesma senda, me entreguei para os Paraguaios, e terminei comprando a máquina da moda, porque serve para todos os esportes e tem suporte até para colocar na raquete de tênis (rs). Excelente abertura, muitas regulagens (embora eu não tenha familiaridade com isso tudo) e fácil de bater. A grande vantagem, como não comprei a tela de LDC não sei o que está enquadrado e não posso ver imediatamente a foto que tirei, só no computador mais tarde, e assim não fico batendo a foto e olhando como ficou. Essa máquina vem com uma caixa estanque para fotos em profundidade de até 60 metros e uma tampa traseira que pode ser substituída por uma aberta para captação audio quando no modo filmagem. Em algumas trocas de temperatura a caixa hermeticamente fechada termina por criar efeito de embaçar a lente da caixa, daí porque resolvi usar algumas vezes a tampa aberta. Vocês devem ter notado que na fotos de Noli tirei duas fotos com efeito especial, parte da lente na água e parte fora, claro que com a tampa de fechamento hermético. Eu achei algumas fotos muito boas e me entusiasmei. Estava caminhando por Valencia e disse para a Heloisa que iria comprar uma máquina profissional, com as lentes que fossem necessárias e iria para Porto Alegre para ficar a disposição da Cristina para que ele me desse um curso completo e, então, passaria a ter como passatempo a fotografia artística. Nem dez minutos depois, na frente do Hemisfério (aquele prédio que parece um olho) resolvi tirar uma foto com novo efeito especial. Como há ali um espelho d'água, mergulhei a máquina para fazer o mesmo efeito de Noli. Ocorre que a tampa traseira era a aberta... A máquina piscou todas as luzes e apagou de vez... Acabava ali minha carreira de fotógrafo artístico! Um camarada que consegue "afogar" em um espelho d'água uma máquina concebida para resistir 6 atmosfera é pior do que aquele que derruba uma máquina do parapente (certo, Carlos Eduardo?).
A boa notícia é de que depois de muito secador de cabelo, de muitas rezas, mandingas, torcidas e outros procedimentos menos científicos, ela voltou a funcionar. Mas depois de Almeria. Hoje vou tentar postar algumas fotos tiradas com a máquina rediviva.
Saudade de todos.
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