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segunda-feira, 18 de maio de 2015

ELKO E IDAHO FALLS!

Caros amigos,

Ontem a internet no hotel estava péssima e, por isso, nenhuma comunicação.

Voltando ao relato. Depois de um pequeno recuo, para tomar embalo, resolvemos que iríamos, sim, apesar das intempéries que têm assolado os Estados Unidos, tentar visitar Yellowstone. Ainda em Sacramento diz a Heloisa que acordou mais cedo, ainda noite, e ficou imaginando como conversar para tentar me convencer que deveríamos prosseguir na direção de um dos nossos objetivos desde a programação da viagem. Ocorre que quando acordei eu imediatamente disse: vamos para Yellowstone! Atendido ambos os interesses, que na verdade são os mesmos.

Além do parque também havia ficado uma frustração de viajarmos tão pouco tempo com a Rosiane e o Caminha. Precisávamos nos encontrar, ainda que seja novamente por pouco tempo. Eles estavam, então, em Salt Lake City. Vamos tentar um novo encontro.

O problema é que as previsões do tempo eram desfavoráveis. E as previsões quase se confirmaram! Saímos de Sacramento com um pouco de sol entre nuvens com o objetivo de chegar ainda no domingo em Elko, na Rota 80. Distância a ser percorrida: 780 quilômetros. Pouco depois veio a primeira chuva. Calma e passageira. Depois a segunda, enfim... Em determinado momento pegamos um vento forte "de través" e com rajadas que lembro um pouco a descida de famosa Ruta 03 Argentina e seu vento patogônico. Em um dos momentos de "calmaria" e que parecia que estávamos ameaçados por simples chuva no entremeio de dois paredões escuros de nuvens que ficaria um à esquerda e outro à direita, fomos surpreendidos com uma precipitação de granizo. Pedras pequenas, mas em razoável proporção. Foi um trecho pequeno de pilotagem nestas condições, mas dentro desse trecho, em distância não maior de 1 quilômetro, haviam saído da pista quatro carros, sendo um da própria patrulha rodoviária e um dentre eles capotado. Não paramos para ver! Faltando pouco mais de cem quilômetros para Elko as condições da pista ficaram ruins (frisada) e moto insistia e "dançar" com a traseira, a ponto de pararmos para ver se não havia furado o pneu traseiro. Constatamos, com alívio, que o problema era da pista. Chegamos a Elko. Hospedados, saímos para jantar e voltamos para casa com intensa chuva. Nova consulta à previsões: chuva e muito frio, com rajadas fortes de vento. Decidimos avançar mais um pouco de qualquer maneira. 

No meio da noite, uma nova premonição. Era preciso sair muito cedo para cumprir os quase 600 quilômetros até Idaho Falls. Nestas condições aumentam consideravelmente as possibilidades de gelo na pista. O mesmo ocorrerá na visita ao parque, no qual nem mesmo precisa chover para que isso aconteça. Frio, orvalho e a sombra das árvores até bem mais tarde, são condições propícias para o gelo.

Havíamos combinamos ainda em Sacramento o seguinte: avançamos com a moto até onde seja possível, quando o risco for maior que o prazer a gente deixa a moto em algum lugar, aluga um carro e segue a viagem. Foi o que aconteceu. Hoje, seis da manhã, loquei um carro da Avis, no aeroporto regional e Elko. Achamos que um 4X4 estaríamos mais protegidos e mais confortáveis. Deixamos a moto no hotel e partimos na direção de encontrar Rosiane e Caminha em Idaho Falls. Na porta do parque. Só esperando abrir amanhã para entrar, depois de um magnifico jantar agora há pouco.

Todo compreenderão que as fotos que temos desses dias são mais para mostrar condição do tempo do que qualquer outra coisa. Com o frio e a chuva houve prejuízo para a atividade de fotografias em deslocamento que está a cargo da Heloisa nesta viagem.

Abraços e beijos.

















3 comentários:

  1. Queridos Amigos. Incrível como essa região é sujeita a granizo. Nas mesmas condições descritas por vocês, pegamos muita chuva e, por pouco tempo. muito granizo entre Denver e Salt Lake City. De outra parte, nessas condições de tempo, muita sábia e sensata a decisão de alugar um carro. Foi transmissão de pensamento, já que eu e a Dirlei já tínhamos conversado a respeito. Só não sugerimos porque sabíamos que a decisão de vocês viria naturalmente. Achamos que a aventura para chegar ao Parque de Yellowstone vale a pena. Aproveitem. Estamos na torcida de que tudo dê certo. Na falta de notícias, acompanhamos pelo Spot. Por isso, já sabíamos o rumo que vocês tomaram depois de Carmelo. Beijos.

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  2. Adiro em gênero número e grau à manifestação do Narcísio (aliás até comentamos isso há pouco no corredor da PJG), na medida em que a preocupação se fez presente com as péssimas condições climáticas para pilotagem (apesar de se tratar de um exímio motociclista). Parabéns pela acertada decisão, nos moldes das tantas que já tomamos nos inúmeros projetos desenvolvidos em conjunto!
    Sigam em segurança e que a intempérie não seja motivo para obstar a essência da viagem, que é conhecer a fundo o belíssimo Oeste/Costa Oeste americanos! Forte Abraço.

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  3. Caros amigos Dirlei, Narcísio e Paulo Cezar,
    Muito obrigado pela companhia e pelo incentivo.
    Claro que decidir abandonar parte do projeto ou fazer de outra forma é por vezes difícil. Mas aprendi com o Paulo Cezar, nos diversos projetos que realizamos em conjunto, que motociclismo é muito mais que andar de moto. Envolve avaliar o equilíbrio entre aventura, prazer e segurança.
    Obrigado mais uma vez!
    Abraços.

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