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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

De Los Antiguos a Caleta Tortel de Caleta Tortel a Rio Tranquilo.

Estou atrasado com as publicação porque ontem fiquei sem nenhuma forma da comunicação. Explico mais adiante.
Ontem saímos de Los Antiguos e fizemos a passagem fronteiriço no Paso Jenimeni, entrando no Chile, então pela cidade de Chile Chico. A cidade é uma graça e gastamos algum tempo aí. Primeiro fui fazer câmbio para ter um pouco de moeda chilena para atender as primeiras despesas na nova rota. Depois um bom café espresso, compramos algumas frutas, já que deixamos o que tínhamos no hotel na Argentina (Não se pode entrar com frutas de outros lugares no Chile, por razões óbvias). 
Como não tínhamos a ideia das condições da estrada (nosso primeiro trecho de estrada de terra) e do tempo de imigração, marcamos como meta a cidade Cochrane, nosso primeiro lugar na Carretera Austral. 
A estrada estava muito boa e a imigração se deu em prazo razoável. O que nos atrasou a viagem foi a paisagem. O deslumbramento faz com que a gente queira reter na máquina fotográfica toda a potência das imagens que desfilam na nossa frente. Racionalmente a gente sabe que é impossível, mas a ânsia em poder mostrar para os nossos (amigos e familiares) a sensação que estamos sentindo, nos faz perder a razão. As fotos são emoções frustradas, mas ainda assim deslumbram. Esse delay é que nos surpreende depois, porque sentimos olhos brilhando diante de uma foto que representou deficientemente nossa percepção. Sabemos, mas insistimos. Foram muitas fotos.
Paramos um pouco também em Malin Grande, no mercado Os Pioneiros para comprar um queijo muito especial que comemos na viagem anterior. Levamos com coringa para algum eventual perrengue na estrada.
Apesar de todos os detalhes acima, chegamos cedo a Cochrane. Resolvemos seguir, então até Caleta Tortel. Uma cidade interessante, conectada com o Oceano Pacífico por um lago/estuário formado por, entre outros, os Rios Backer e Bravo. Mas a característica mais importante é que se trata de uma cidade sem ruas. Há, na chegada, uma grande rótula, que circunda uma pequena praça. A partir daí todos os caminhos são feitos sobre passarelas e as casas são todas de madeira construídas sobre pilotis também de madeira. Lá fiquei sem sinal de telefone e, como é de se supor, sem qualquer sinal de wi-fi. Enfim, foi um tempo totalmente desconectado. 
São 8 km de passarelas e dos quais caminhamos sobre elas cerca de 10 Km (considerando ida e vinda. Jantamos no restaurante El Mirador. Uma vista privilegiada, uma comida muito boa e uma cerveja artesanal (da casa) excepcional. 
Aliás, abro parêntese para comentar que saí de casa pensando nos vinhos que tomaria, mas as cervejas artesanais desta região do mundo estão roubando a cena. Hoje foi o primeiro dia que tomei um vinho digno de registro.
Em razão de horários de balsa e das condições da estrada a partir daí, resolvemos começar desse ponto nosso recorrido pela Carretera Austral. 
Visitando vários lugares e andando (entrando em cada recanto de interesse ao longo da estrada), chegamos hoje a Puerto Rio Tranquilo. Nos hospedamos na disputada cabaña do Juan Aldea e marcamos para amanhã o passeio às Catedral e  Capilla de Marmol. 
Hoje caminhamos um pouco pela cidade, tomamos um sorvete, curtimos a paisagem do Lago e fomos jantar em um restaurante excelente. Comemos um cordeiro maravilhos, tomamos o bom vinho de que falei e comemos um arroz de leite divino. 
Os dois dias merecem(riam) melhor descrição, mas hoje o sinal de internet não é dos melhores e nem tenho certeza que vou conseguir esta publicação. 
Tentei publicar algumas fotos, mas foi impossível. Faço quando possível.

2 comentários:

  1. Estamos acompanhando mais esta aventura dos queridos amigos. A Correria dos primeiros dias de trabalho, voto divergente no CSMP para redigir, me impediram de escrever algo aqui. As fotos, como sempre, maravilhosas. Aqui na serra me preparando para atualizar o blog com a viagem da África. Beijos. Ótima viagem.

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  2. Valeu caros amigos! Preparem o vinho que quando chegarmos serão duas viagens a ser contadas. Beijos.

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