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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

De Valencia para Alicante e Almeria.

Ontem, em razão de um provável grão de areia por conta do capacete aberto, tive um problema no olho e não tive condições de escrever. Hoje relato um pouco mais que de costume.
Primeiro, ao sair de Valencia, o dia parecia não prometer muito. Estávamos saindo Costa Dourada para a Costa Branca e, mesmo que eu goste mais desta do que daquela, já a conhecia suficiente para não alimentar grandes esperanças. Além disso, bem na porta do hotel o GPS resolveu dar pane (parece que não queria sair de Valencia) e simplesmente apagou. Como plano b, tinha o meu GPS do qual não me aparto assim no mais. Um suporte de automóvel e um barbante que também sempre levo, foram os apetrechos para seguir viagem. A posição do novo GPS não ficou das melhores e dificultou a leitura. Além do mais, como ele está servindo de GPS auxiliar para programar rotas, estava com pouca bateria. A solução, retirar o mapa do top case e transformar a Heloisa na "raquel". Valeu a pena. A Heloisa encontrou uma rota recomendada pela Michelin e seguimos o caminho de um lugar chamado El Castell de Guardalest.
A estrada já valeu a pena. Subimos cerca de 1000 metros e de lá víamos todo o vale com Benidorm na costa do mar. E, principalmente, o mar azul do mediterrâneo. Seis quilômetros antes de chegarmos en El Castell havia um museu de motos antigas. Obviamente paramos aí e encontramos uma exposição de cento e tantas motos todas antigas e muito bem restauradas e cuidadas. Parece que o cidadão que criou o museu e que é o mesmo que arruma, conserva, cobra a entrada e conversa contando a história de cada moto, não sai de dentro daquele espaço. Uma beleza rara. Mas o melhor ainda estaria por vir. Esse mesmo cidadão é dono de um restaurante que fica próximo. Como já passava de 14,00 horas resolvemos almoçar ali. O restaurante era muito simples, mas nos animou a quantidade de mesas reservadas. "El fogon" na frente  fazia muita fumaça, mas o aroma dos grelhados, era uma promessa e tanto. Entre vários grelhados havia "Codornices" na brasa. Eram perdizes de caça, permitida na região. Por um momento me senti almoçando com o pai, Tio Zá, Totonho, Paulo Maurer, Danilo Seinthenfuss, Jorge Maurer e todos os  caçadores da cepa de São Borja e Itaroquem. A refeição da viagem.
Ainda no mesmo museu-restaurantes encontramos um francês que mora tem um hotel em Chamonix. Estava viajando com uma BMW 1200 com sidecar (que beleza de sidecar) com mulher e um filho de mais ou menos seis meses. Casal simpático e de boa conversa.
Visitado El Castell seguimos para o litoral e fomos para Alicante em via secundária.
Alicante é um lugar que eu sempre gosto muito de estar. Paramos, inclusive, em hotel no qual normalmente paro. Não liguei para ninguém, até porque praticamente toda "a base aliada" está nestes dias em atividade na UNIVALI, em Itajaí.
Ontem foi dia de grandes emoções gastronômicas, porque o jantar foi no indefectível Darsena. O arroz maravilhoso de sempre.
Hoje saímos pela Costa Branca até Cartagena. Depois de Cartagena entramos na Costa do Sol em direção a Almeria, onde estamos agora. Este trecho eu não conhecia e fiquei muito surpreso. Uma paisagem completamente diferente. Seguimos novamente uma indicação de Michelin. Entre Águila e Garrucha, passamos por algo assim como se fosse a superfície lunar ao largo do mar. Fenomenal!
Gostaria de contar muito mais, sobre as cidades, sobre as plantações de fumo, de laranja e verduras desde antes de Valencia até próximo de Cartagena. Sobre a estranha cultura agrícola encontrada entre Cartagena e Almeria. Sobre as cidades. Mas tudo isso daria um livro e desistimularia qualquer leitura em blog. Silencio, então.
Talvez a saudade seja a causa de tanta vontade de escrever...
Fico devendo fotos... Amanhã tento compensar.

3 comentários:

  1. Com muito vinho na cabeça neste dia de niver, só podemos dizer. Ahh as laranjas dessa região. Que delícia. Nem vamos falar das codornas. Beijos e obrigado pela lembrança. Que os deuses dos viajantes os protejam. Até. Beijos. Narcísio e Dirlei.

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  2. No documentário "Home" vi imagens das estufas de Almeria (a horta da Europa). Local onda há a maior concentração de estufas no Mundo, observada desde o espaço. "Tão longe quanto a vista alcança, fertilizante abaixo, plástico acima."
    Bom regresso! Cuidem-se!
    Abraço, Solange

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  3. Vc não relatou detalhes, mas se escreveu é porque o olho está melhor... Cuide rapaz: capacete aberto jamais!!! (já não uso os de abrir para não cair nessa tentação, pois tenho visto cada coisa feia...).
    Abração e "Keep Walking" - de capacete "fechado" é claro...

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