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sábado, 14 de dezembro de 2019

De Castro para Pucón e depois Neuquén.

Ontem deixamos Castro e a Ilha de Chiloé em direção à chamada Araucania Lacustre. Para tanto passamos por um bom trecho da Região dos Lagos e da Região dos Rios. 
Fomos pela Panamericana até Los Lagos, uma vez que já havíamos feito por estrada de terra todo o contorno do Fiorde e chegado por aí a Puerto Varas. Em Los Lagos abandonamos a estrada principal e nos dirigimos até Villarrica e daí a Pucón por vias secundárias, vendo lagos e rios e passando por simpáticos lugarejos. Uma viagem maravilhosa e sem muita pressa para chegar. 
Tangenciamos Villarrica e nos dirigimos diretamente a Pucón para rever aquela cidade que nos impressionou anos atrás dada a sua organização e a beleza dos seus prédios. Agora voltou a nos impressionar pelo tamanho que tomou e pela mesma organização. Uma cidade turística e muito agradável. Belas lojas, ruas limpas, bons restaurantes.
Desta vez, no entanto, traímos os chilenos porque fomos jantar em um restaurante típico uruguaio. Fui levado a ele pelo aroma que havia sentido quase uma quadra antes. Estávamos nos dirigindo para um outro lugar muito bonito, quando acusei o golpe desferido pelo olfato. Penso que nunca havia comido um morcilla igual. Como prato principal um "asado de tira" que ficará registrado na memória. Bem, o vinho era chileno e isso tempera um pouco a anunciada traição.
O objetivo de voltar a Pucón, na verdade, era o de estarmos bem colocados para fazermos a viagem de hoje. Há algum tempo estávamos viajando por essa região, descendo a Panamericana desde Santiago e em direção a San Carlos de Bariloche. Viagem em família em companhia de Narcisio e Dirlei. Sabíamos que uma das passagens fronteiriças entre Chile e Argentina era (e é) o denominado Mamuil Malal. Naquela oportunidade a estrada era praticamente toda de ripio. Na parte do chile começava pouco depois de Pucón e na da Argentina quase até Junin de Los Andes. Estávamos com carros não apropriados para a estrada e, então, desistindo da empreitada e seguindo para Puerto Varas e Puerto Varas Montt e voltando para passar na altura de Osorno na passagem chamada Cardenal Antonio Samore, um dos dois com asfalto na época (o outro era o Los Libertadores, que havíamos passado para o Chile). Ficou a fantasia de fazer essa passagem. Hoje realizamos integralmente o desejo antigo. Valeu a pena.
Seguramente um dos mais bonitos "pasos fronteirizos" pela diversidade das paisagens desde a altitude chilena até patagônia com ares de pampa da argentina. Como troféu maior está o de passar exatamente ao pé do vulcão Lanin. Majestoso! Já o havia visto de outros ângulos, mas estar exatamente na sua base foi impactante. 
Durante a viagem alternamos decisões entre ir mais rápido e acelerar nosso retorno para casa (a saudade já está mais aguda) ou aproveitar ao máximo essa decida. Venceu a segunda. Estamos em Neuquém. Cumprimos hoje míseros 560 Km. Mas foi mais uma vez uma decisão acertada.
Amanhã seguiremos sem um lugar definido para o pernoite, mas sendo certo que iremos na direção de Lujan (Provincia de Buenos Aires) e que no outro dia deveremos cruzar o Uruguai em algum ponto. De qualquer forma, como tem acontecido nos últimos dias, podemos mudar de ideia a qualquer momento. Vejamos! Conto em outro momento.








Um comentário:

  1. Eu e a Dirlei também lembramos daquela maravilhosa viagem na companhia de vocês. Um beijo grande para vocês. Saudades.

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