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terça-feira, 23 de abril de 2013

AGRADECIMENTOS E POLÊMICA FINAL (e algumas fotos...).

Terminada a viagem - e desta vez confesso que fiquei querendo mais - resta agradecer a todos aqueles que nos acompanharam. Claro que sei que muito mais do que se identificaram estiveram presentes. Por isso, vou nominar Narcísio e Dirlei, Solange, Rosiane, Paulo Cezar e utilizar um artifício usual no mundo jurídico para dizer que em nome deles agradeço a todos os acompanhantes...
A polêmica que quero fazer aqui, só para não perder a oportunidade e o treino, é sobre o trânsito do Marrocos. Acho que isso se aplica a muitos outros aspectos, mas vou tratar emblematicamente do trânsito.
Em razão da nossa forma de ver o mundo - para alguns americanizada e para outros europeizada - parece que a única lógica que serve é a destas culturas. O que foge a essa lógica é atrasado, incivilizado, arcaico... Se os carros forem velhos, então, estão potencializados os pontos negativos.
O Marrocos possui algumas estradas muito ruins e estreitas, especialmente na região do deserto. Em alguns momentos os buracos que se formam nas proximidades do acostamento, fazer com que exista uma só pista de asfalto para o trânsito em duas mãos. Some-se a isso o fato de transitarem por essa via os carros, motos, motonetas, biclicletas, carroças, pedestres, burros, cabras, ovelhas, vacas... Outra característica importante é que a ultrapassagem se dá em espaço mais reduzido do que aquele que observamos normalmente em outros lugares. O carro que vem em sentido contrário, em sua pista de direção, simplesmente reduz  a velocidade ou sai para quase fora da pista e raramente há reclamação. por fim, é interessante ver a quantidade de motonetas dividindo o espaço com os pedestres nas medinas, salvo na de Fès onde são proíbidas, sem que ocorra qualquer estranhamento de parte a parte.
Ouvi dizer muitas vezes, e até pensei no primeiro momento, que estava no caos. Depois, mais acostumado com a lógica e refletindo melhor, penso que se trata de um trânsito muito democrático e altamente civilizado. Democrático porque a convivência é relativamente tranquila (embora eles possam em algum momento bater boca ou xingar, como em qualquer lugar do mundo, não há qualquer gesto de agressividade física). Diferentemente do nosso caso em que é preciso haver faixas para pedestre e para ciclistas e que não trazem garantia para os confinados, lá todos transitam por qualquer lugar e são respeitados. Durante todo o trajeto, que não considero curto para efeito da dimensão do país, nem em dias e nem em quilometragem, vi três acidentes. Mas todos os acidentes que vi foram decorrentes de alguma "cochilada" do motorista do que de atropelamento ou abalroamento decorrente de disputa pelo espaço. Basta uma ida a Porto Alegre ou Curitiba, quando não por vezes a Itajaí, para ver mais do que vi durante todos os dias de Marrocos.















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